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6 thoughts on internet bullies

Nunca fui vítima de bullying enquanto criança e adolescente. A única vez que tentaram (um grupo de raparigas encurralou-me num canto da escola e ameaçou esfaquear-me. Bonito, eu sei), fez nascer um instinto que desconhecia possuir. Tinha então dez anos e defendi-me como gente grande. Respondi na mesma letra e, apesar de ter acabado de sair de um colégio de freiras, não mostrei qualquer medo (embora estivesse aterrorizada) e a agressividade das minhas palavras foi tal, que as raparigas – mais velhas e conhecidas ‘gunas’ da área – deixaram-me ir à minha vidinha.

Posto isto, também nunca fui bullied online. Já me roubaram fotos e fizeram passar-se por mim, mas bullying mesmo, nunca.
Talvez por isso nem saiba quando e se estou a ser vítima de bullying ou não, mas mesmo não sabendo identificar o caso, sei identificar o tipo de pessoa que está do outro lado.

Ora vejamos.

Se alguém se mete convosco, implica com vocês e goza com vocês ou com o vosso trabalho sem motivo nenhum aparente (digamos até que nem vocês conhecem essas pessoas de lado nenhum), então:

  1. Respondam ou não respondam, a decisão é vossa. Há situações em que é fácil ignorar, outras que não. Pessoalmente, quando me sinto atacada, eu respondo. Foi isso que me salvou de levar porrada de 4 ou 5 raparigas mais velhas quando tinha 10 anos, portanto, lição aprendida.
  2. Fiquem com a tranquilidade de saber que as pessoas que vos agridem com palavras online, muito provavelmente não teriam a lata de o fazer ao vivo. A essas pessoas gosto de chamar “guerreiros de teclado” e não tenho o mínimo respeito por elas. Adorava que me tivessem dito as coisas que me disseram recentemente ao vivo. Garanto-vos que não repetiriam a gracinha. O meu desarme presencial com palavras é poderoso, acreditem. Pode dizer-se que, nestas situações, me transformo numa versão feminina e mais alta do Tyrion Lannister com o seu jeitinho para manipular as pessoas, as palavras e as pessoas através das palavras.
  3. Sintam-se superiores. Eu sinto e não é pouco. Não estou minimamente preocupada se pareço arrogante ao dizer isto, porque sinto verdadeiramente que ganhei esse privilégio. As pessoas que nos insultam e pegam connosco são, de facto, seres muito inferiores.
    Já cheguei a uma altura na vida em que tenho tanto para fazer, tantos sonhos e aspirações a cumprir e tantas pessoas que gostam de mim (e de quem gosto também), que tenho exactamente zero tempo e paciência para perder com gentinha deste tipo. Não contem comigo para esse peditório. A vida é demasiado curta para estar aqui com merdas.
  4. Tirem partido da situação/local em que se encontram quando recebem algum ataque online. Se estiverem de férias então, pfff… peguem nas vossas coisinhas and get your ass to the beach! Garanto que só se vão lembrar da situação quando regressarem das férias e, nessa altura, já não vão estar nem aí.
  5. Cortem com essa gentalha. Reparem que não disse “cortem essa gentalha”, qual King Joffrey. Bloqueiem-nas, denunciem-nas (de forma pública ou privada como, por exemplo, no caso do Facebook), façam como entenderem, mas cortem com a presença delas nas vossas redes sociais.
    Essa gente não vale nadinha, querem mesmo levar com lembretes diários da sua existência? Apaguem-nas das vossas redes e das vossas vidas. Pronto. A bullying na internet tem esse benefício relativamente ao bullying presencial. Na internet acaba-se facilmente com isso.
  6. Tentem perceber que idade têm os vossos haters fofinhos. São miúdos? Dêem o desconto. São adultos de meia idade que estão agora a aprender a mexer na internet e a relacionar-se com outras pessoas online? Riam-se e dêem o desprezo desconto também.

Se se esquecerem de tudo isto na altura em que o sangue estiver a ferver, lembrem-se só desta frase:

nota: a foto de destaque vem a propósito de algo muito estranho (bizarro até) que me aconteceu nestas férias. Fiquei furiosa durante uns dois minutos e depois cumpri todos esses passos mentalmente. Ri-me da idiotice alheia, peguei nas minhas coisinhas e fui para a praia, como podem ver acima. Só no domingo, quando regressei a Lisboa é que me lembrei do que se tinha passado e, nessa altura, – confirmo – já estava completamente noutra.

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3 Comments

  • Reply
    Joana Sousa
    11/08/2015 at 1:41 PM

    BAM! É isso mesmo, tão bom. Mas sabes que o que dizes também se aplica ao bullying “a sério” (quando é verbal, claro. Para o físico é preciso lidar com as coisas de forma diferente.) Quando era miúda era gozada forte e feio por tudo e por nada, e só quando cresci é que percebi o quão superior, mais bem sucedida e – sim, vou dizê-lo – mais bonita, por dentro e por fora, sou do que as pessoas/miúdos que gozavam comigo. Quando estamos no meio das coisas é difícil de ter este descernimento, mas às vezes precisamos mesmo é de respirar fundo e analisar a situação, e percebemos que os tristes na realidade não são as vítimas, mas os agressores!

    Jiji

    • Reply
      Catarina Coelho
      11/08/2015 at 11:25 PM

      Ora nem mais! Eu também fui muito gozada em pequena, principalmente quando usei aparelho. Gozaram muito com a minha dificuldade em falar e tudo mais… Mas sempre fui daquelas pessoas que tinha dificuldade em argumentar com firmeza, quando era mais nova. Mas depois consegui ultrapassar isso, cresci e tornei-me alguém de que me orgulho. Já as outras pessoas… Olha, encontrei algumas delas na praia recentemente e parece que ainda estão presos no 10º ano. Coitadinhos.

  • Reply
    Krystel
    11/08/2015 at 9:47 PM

    “Sintam-se superiores” – senti isto como se tivesse sido eu a escrever. Com o tempo, com a vivência, por ter passado por diversas situações, aprendi a ser superior. Porque sou. Parto do princípio que não há ninguém mais importante que eu na minha vida. Portanto, eu sou a prioridade em todas as situações. Se há quem chame arrogância, eu chamo confiança. Parabéns por este post!

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