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19 In 6 on 6/ personal/ photography

Labels & alter-egos (último 6 on 6!)

É com alguma pena e tristeza, mas também orgulho que publico este post. É o último do desafio 6 on 6 que abracei com o maior dos entusiasmos logo no final do ano passado para começar 2016 a fotografar e a desafiar os meus próprios moldes e zonas de conforto. Mas mais sobre isso no post da despedida. Este é o último post temático e tem muito que se lhe diga.
Todas concordámos que o tema de Dezembro, o último de todos, seria livre, ao contrário de todos os outros que o precederam, e ao aproveitei para abordar este assunto sobre o qual já queria escrever há tanto tempo.

Labels. Etiquetas. Padronização. Chamem-lhe o que quiserem.
Parece algo que se vê nos filmes americanos passados nos highschools a la Mean Girls, em que há a mesa dos miúdos cool, dos nerds, dos góticos, dos atletas, etc.

A minha escola era um bocado assim, não no refeitório (acho eu, nunca almocei na minha escola secundária dentro do refeitório), mas no recreio, em que era frequente verem-se grupinhos de alunos parecidos, com especial ênfase para os “betos”, os “skaters” e os “góticos”.

Onde é que eu estava? Eu lado nenhum. Uma das razões pelas quais senti que o secundário foi difícil para mim, não foi por não ter amigos, mas sim por não me identificar com eles, pelo menos com os amigos de lá. Eu gostava de música punk, de música alternativa, alguma gótica, rock, emo, mas não havia nenhuma etiqueta que definisse a mixórdia de gostos que eu era e isso também ajuda um adolescente a sentir-se meio perdido, sem uma tribo para identificar como sua.

Vou dizer-vos algo que pode ser um pouco controverso: um não tenho nada contra etiquetas. Há quem as abomine, algo que eu até compreendo, mas eu vejo o lado positivo: elas podem ajudar pessoas (especialmente adolescentes) a identificarem-se, a encontrar um “nicho”, pessoas com interesses semelhantes, um lugar onde sintam que pertencem. Só me parecem problemáticas quando:

a) são atribuídas involuntariamente e a pessoa que as recebe não sente que se adequa minimamente a elas;
b) as pessoas de um determinado grupo se auto-segregam e se isolam, evitando contacto com outros grupos.

emo-alter-ego-2

modo My Chemical Romance

Com o tempo, a entrada na faculdade e o início da vida em Lisboa, fui encontrando outros gostos, hoje facilmente identificados como “emo”. Não conhecia pessoalmente muitas pessoas (ou nenhuma no meu círculo de amigos) que gostasse de My Chemical Romance, The Used, Taking Back Sunday, Escape the Fate, etc. (riam-se, vá 😛 ), mas nessa altura já era mais crescida e já tinha ganho alguma maturidade, pelo que não me importava. Afinal, existia o Myspace e o Youtube, não estava sozinha! Sabia que existiam pessoas com os mesmos gostos e que eram loucas por estes e outras bandas de que gostava.

A música era tudo para mim, assim como a literatura. A música que ouvia reflectia o meu estado de espírito e ajudava-me a expressar o que me ia na mente e no coração.

Na altura era muito comum o preto no meu guarda-roupa, no meu cabelo, nos meus olhos. Era assim que me sentia bem.

emo-alter-ego

Hoje em dia acho – lamento se ofendo alguém – muito limitador e até ligeiramente infantil (pelo menos a partir de uma certa idade) vestirmos-nos e arranjarmos-nos de acordo com a música que ouvimos. Há que adaptar o nosso estilo pessoal àquilo que gostamos, mas é mais fácil movimentarmos-nos pelas diferentes esferas da vida (escola, família, amigos, trabalho, relações) se formos flexíveis, menos apegados a uma imagem rígida e mais abertos a mudá-la à medida que vamos crescente. Felizmente, assim aconteceu comigo, ainda que não fosse de forma consciente.

Mas até chegar onde estou passei por muitas mudanças, muitas fases, muito crescimento.

Há versões de mim e do meu estilo que, por exemplo e ao contrário do meu estilo emo, vêem ao de cima em certos situações e circunstâncias, mesmo que eu não faça de propósito para me apresentar dessa forma. Culpo (no bom sentido) a música. Foi ela que me moldou. Bem, a moda ajudou e a fotografia também. Quem me conhece bem e/ou lê este blog com atenção, sabe que sou louca pelos anos 90 e pelo estilo grunge, quer na música, quer na roupa. Não resisto a uma boa colecção de street style dos anos 90, por isso é normal verem-me meia grungy em concertos ou quando estou mais casual.

(a peruca é só para enfatizar a mudança, não a uso mesmo. Não sei se é bom sinal eu sentir que tenho que fazer este disclaimer, mas cá vai. 😛 )

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modo Hole e Nirvana

grunge6

A minha amiga Joana conta muitas vezes uma história curiosa. Uma vez, fomos as duas a um concerto de metal algures durante o 12º ano, onde estavam também presentes outros amigos nossos. Ela levou uma t-shirt e sapatilhas cor de rosa para uma sala vestida de presto, sem excepção para além dela. Não se livrou de uma ou outra boquinha e se um “o que é que estás aqui a fazer?”
Não é agradável sermos postos de parte pelo que vestimos ou pelo que ouvimos. Mal sabiam eles que aquela miúda vestida de cor de rosa gostava de metal e de rock mais pesado, mas que era também a mesma miúda que em tempos adorou Backstreet Boys e The Moffats. E eu igual.

Esta sou eu agora, num dia de trabalho normal. Aliás, estas fotos foram tiradas à noite, depois do trabalho.

alter-ego1
alter-ego2

Nada a ver com os meus outros “alter-egos”, certo? Por fora, certo. Mas sou a mesma pessoa que ouve metal, que vai a concertos de metal, que gosta de música gótica, que ouve música alternativa ao mesmo tempo, que adoro os anos 80, os anos 90 e que sente fortes pancadas de nostalgia sempre que ouve ou alguém menciona My Chemical Romance, Panic! At the Disco, Chiodos e tantas outras bandas da minha adolescência.
No fundo, a pessoa é a mesma, com mais aprendizagens, maturidade e tal, mas o “pacote” é diferente.

Quem vê caras, não vê playlists do Spotify.

Queria que este 6 on 6, o último de todos, fosse sobre um tema que me é querida e sobre o qual gosto de reflectir e estou satisfeita com o resultado. Deu-me um gozo imenso recriar estas “personagens”, estas outras versões de mim, nem imaginam. Brincar com maquilhagem, cabelos e memórias é muito divertido. Com sorte, a fotografia é o papel que embrulha tudo e ajuda a registar para anos vindouros e futuras constatações.
Já agora, este post é inspirado neste da Carrie e que a Cat me mostrou há já alguns meses, mas que nunca esqueci.

Bem, mas agora vamos espreitar o último 6 on 6 das minhas partners in crime. Estou super curiosa!! 😀

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19 Comments

  • Reply
    Joana Sousa
    06/12/2016 at 10:09 AM

    Adoro esta tua capacidade de ser multifacetada, Cat! E é mesmo isso. Eu era uma crominha de primeira e – na altura – adorava hip hop, mas quem me conhecesse nunca diria isso. Não sofri desse mal no secundário, mas sim no ciclo, e raios, como eu levei por tabela à conta das “labels” lol mas bom. a malta cresce e aprende!

    PS: até ficavas bem ruivinha :p

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 11:41 AM

      Obrigada, Jiji, sempre tão encorajadora! 😀
      Eu não posso dizer que tenha sofrido à conta dos outros, eu é que era péssima para mim própria, mas durante o secundário.
      É como dizes, “a malta cresce e aprende”. You live and you learn. 🙂

      P.S.- Thanks. 😛 (E já fui, por acaso!)

  • Reply
    somebodyelsa
    06/12/2016 at 10:38 AM

    é só para dizer que essa cor de cabelo não te fica nada mal…
    E foi óptimo acompanhar a evolução do último ano de fotos.

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 11:39 AM

      Ahahaha lá está a pressãozinha para pintar o cabelo. ahahaha nunca pensei que me dissessem tantas vezes isso após publicar este post, mas estou a achar engraçado. XD
      Obrigada, querida Elsa, fico muito feliz por teres acompanhado. :)*

  • Reply
    Marta Chan
    06/12/2016 at 11:53 AM

    Muito interessante o tema que trouxeste e deixa-me dizer-te que a Catarina de hoje parece mais jovem e um aspecto mais clean. O teu sorriso é tão lindo!

    Pois eu sempre fui contra labels, até percebo o teu ponto de vista, mas isso depende tanto do adolescente e da sua auto-confiança e auto-estima. Ora eu era dread que ouvia hiphop no ciclo, para passar para a hippie/freak e nunca liguei nenhuma porque a minha auto-estima era HUGE. Mas podia ter corrido mal, porque os hippies não tomam banho, passam a vida pedrados, têm o cabelo oleoso e não fazem nada o dia inteiro. Será? É por aqui que abomino labels e tags, quem somos nós para dizermos que isto é um hippie? Ou que um gótico é melancólico, quando conheci tantas pessoas ditas góticas tão felizes com a vida e uma vida social tão activa?

    Quando a Joana contou essa história fartei-me de rir, o que explica exactamente aquilo que disse mais acima. Deixem-nos ser quem somos, vestir o que quisermos, sem sermos isto ou aquilo, sou a Marta e prontos 😀 Mas ya, volta e meia estou eu a olhar para um gajo de crista verde e a pensar “punk” 😛

    Decididamente, não devemos julgar as pessoas pela música que ouvem, aliás tenho amigos que ouvem kizomba mas são excelentes pessoas hahaha

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 11:38 AM

      Obrigada, Martuxa! 😀
      Mas como assim “a Catarina de hoje”? Todas as Catarinas deste post são de hoje, aliás, são de segunda-feira porque eu neste 6 on 6 deixei mesmo para a última, ao contrário dos outros todos. Ahahahah
      Mas é bom saber que pareço mais nova no meu estado “normal”. 😛

      Eu sei que sempre rejeitaste as labels, és uma rebelde e eu gosto muito disso. Mas também acho que há uma grande diferença entre os rótulos que nos auto-atribuímos e aqueles que os outros nos atribuem e esses eu também rejeito. Aliás, hoje em dia já não me atribuo rótulo nenhum. 🙂

  • Reply
    RITA
    06/12/2016 at 2:04 PM

    Também na escola apanhei a moda do emo, em que foi o delírio quando os My Chemical Romance vieram a Portugal.
    Concordo bastante com aquilo que escreveste. Acho que os rótulos ajudam-nos a encontrar grupos de pertença e pessoas que têm os mesmos interesses e gostos que nós, e isso alimenta o diálogo, as relações e as melhores experiências que podemos ter enquanto adolescentes – desde que, lá está, esses rótulos não sejam visto de maneira prejudicial e que não faça com que as pessoas se segreguem da sociedade.
    O bom disto é que evoluimos no nosso estilo de vida e podemos continuar a ouvir as mesmas músicas ou novas músicas e isso não muda nada o que somos e os nossos valores – e as pessoas certas vão sempre estar ao nosso lado, com ou sem rótulos 🙂

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 11:35 AM

      Eu não vi MCR em Portugal, não consegui esperar. Fui a Londres! Era maluca.
      Na altura em que eu precisava, os rótulos ajudaram-me a encontrar uma “tribo”. Hoje em dia não preciso de nada disso, mas o crescimento é isso mesmo, não é? 🙂 É como dizes “podemos continuar a ouvir as mesmas músicas ou novas músicas e isso não muda nada o que somos”. É nestas coisas que vejo como crescer, afinal, até é fixe. 😛

  • Reply
    Susana Dionísio
    06/12/2016 at 2:09 PM

    Gostei muito deste teu post, Catarina. Gosto do texto, das fotos e sobretudo da ideia que adaptaste e personalizaste de forma bem pessoal e interessante para quem lê. Gosto das fotos, que, para além de serem (também) um (bom) exercício no âmbito do desafio 6 on 6, acho que tu tens uma grande versatilidade que é muito interessante visualmente. Ah! Não gostei do texto por me identificar com ele [a minha idade é um pouquinho diferente… 🙁 ]. E não tenho nada contra quando isso acontece, atenção. Digo-o desta forma para que interpretes mesmo como um elogio! Bom trabalho.

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 12:04 PM

      Ohhh muito obrigada, Sónia! Interpretei como um elogio, sim, muito obrigada mesmo.
      Fico super feliz pelos teus elogios, fico mesmo! Obrigada por seguires o 6 on 6, foi um projecto tão bom para mim este ano e que me ajudou a evoluir tanto. Estou de coração cheio. <3

  • Reply
    Vânia
    06/12/2016 at 10:09 PM

    Por onde devo começar? Também fiquei nostálgico a escrever este último 6 on 6. Vou ter saudades disto!

    Adorei a tua dos egos e alter-egos, das etiquetas, das mudanças que ocorrem quando cresccemos. Identifiquei-me em muitos pontos com o que escreveste e com o que foste sentido. Também tive, vou tendo ainda, muitos alter-egos e acho que o que é mais interessante é que com a maturidade percebemos que temos que nos adaptar às situações e que o que vestimos não muda aquilo que somos, ou os nossos gostos, até porque é possível colocarmos um pouco de nós em todas as situações.

    Gostei tanto das tuas fotos! Ainda bem que esclareceste a questão da peruca porque por parecia-me tão real que por momentos pensei que era uma foto antiga, de outros tempo. Que grande transformação e que giro que deve ter sido para ti! 😀

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 11:27 AM

      Obrigada, Vânia! 😀 😀

      Ahahahah estou a sentir uma certa pressão para pintar o cabelo. Vocês são terríveis. 😛

      Sim, a caracterização foi toda feita no mesmo dia e em pouquíssimos minutos acredita, mas foi super divertido! O poder da maquilhagem e dos cabelos é enorme e muda tudo se assim quisermos. 😉

  • Reply
    Sónia Rodrigues Pinto
    07/12/2016 at 12:31 AM

    É engraçado porque vi-me tanto neste post. Tive todas estas fases tal e qual como referiste. A minha fase “emo” foi muito mais vergonhosa do que a tua, pois a minha banda de eleição eram os Tokio Hotel, ah! Depois também tive uma fase muito grunge onde os Nirvana andavam lá, Alice in Chains, e uma mistura de outros estilos com Led Zeppelin, Aerosmith, etc. Hoje sou uma pessoa completamente diferente. Não posso dizer que tenha um estilo concreto e que seja definido pelas musicas que ouço, mas sei que continuo a ser a miúda que ouvia AC/DC aos gritos em mistura com a que delira com Beyoncé e Kendrick Lamar, haha.
    Acho que muitos de nós se identificam imenso com este post porque todos passámos por isto até chegarmos a esta fase de maturidade em relação àquilo que somos. E acho que captaste muito bem esse processo de evolução!
    Beijinhos e devo dizer que fiquei fã e aguardo próximas publicações avidamente! 🙂

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 11:20 AM

      Olha que não sei se foi mais vergonhosa. Bem, eu também gostava de Tokio Hotel, mas não admitia e ouvia às escondidas, o que se calhar ainda é pior. Ahahaha até aprendi as músicas em alemão, vê lá. Not my proudest moment. Já tinha idade para ter juízo. 😛
      Aiii Alice in Chains <3 Cheguei a vê-los ao vivo (não a formação original, obvs) e ainda é das bandas que mais oiço dessa época.
      Eu hoje em dia sou uma autêntica mistura, tal como tu. Basta alguém ver as minhas playlists do Spotify. Ahahaha

      Muito obrigada pelas tuas palavras e por teres lido este meu post, que escrevi do coração, acredita. Vou espreitar o teu blog e espero ver-te por cá mais vezes! 🙂 Beijinho*

  • Reply
    Joana Santos
    07/12/2016 at 10:16 AM

    Acho que todos nós passamos por diversos estilos enquanto crescemos. Eu fui gótica, hippie, dread… Tem muito a ver com a nossa necessidade de nos identificarmos com um grupo, para construirmos a nossa personalidade, durante a adolescência. Hoje em dia, sou eu própria e isso deixa-me feliz. Adorei as tuas fotografias. Gosto de ver este tipo de temas a serem retratados. 🙂

    • Reply
      joan of july
      07/12/2016 at 11:17 AM

      Revi-me muito nas tuas palavras também, Joana. É mesmo isso: na adolescência procura-se um grupo onde nos sintamos aceites, faz parte. Hoje em dia, sentimos-nos muito mais livres, não? Se nessa altura só queremos ser iguais a algumas pessoas para pertencer algures, agora nesta fase queremos é ser únicas, não é irónico? ahahahah

      Btw, adorei o teu blog! :*

  • Reply
    Catarina Coelho
    08/12/2016 at 10:18 PM

    Fiquei tão surpreendida com o tema que deste a este último 6 on 6. Pela positiva, claro está! Adorei ver-te nestas 3 facetas e fizeste uma boa caracterização 😛 Deve ter sido bem divertido! As tuas palavras também me deixaram a pensar no meu secundário. No meu caso, apesar de ver os diversos grupos diferentes, nunca me senti muito de fora. Aliás, acho que me inseria no grupo da maioria: os vulgares XD Agora olho para trás e sinto que só recentemente na minha vida comecei a ter gosto e opiniões muito bem definidas. Claro que tinha coisas que gostava e outras não, mas não havia algo em mim que se destacasse. Ia na onda dos outros, fazia o que a maioria fazia… Acho que isso também não é bom! Temos de ter um meio termo: algo que nos caracterize e nos defina, mas sem sermos “bichinhos” na nossa caixinha. Enfim, já estou aqui a escrever um testamento! :p Adorei o post Cat! Fotos mesmo giras e texto que dá que pensar 🙂

  • Reply
    Catarina
    11/12/2016 at 9:36 PM

    Gostei muito deste teu exercício. Foi engraçado ver as diferentes fases, mesmo que as fotografias tenham sido “encenadas”. Olha que não parece nada! Gosto de todas, mas adoro o estilo da primeira Catarina! Compreendo que tenhamos de nos adaptar – e é bom termos essa capacidade – mas acho mesmo que aquele estilo te fica bem 😀

    Na escola, eu nunca tive um grupo. Tinha algumas pessoas com que me dava mais, mas eram de “grupos” diferentes. Sempre andei um bocado à deriva (não perdida, no entanto), a saltitar no meio de diferentes conjuntos de pessoas. Porque me dava bem com quase toda a gente, e nunca me excluíram ou incluíram pela forma como me vestia ou pela música que ouvia. Era bem aceite em todo o lado ahah Sempre me vesti de forma mais dread, e tinha alguns amigos que também se vestiam assim, mas também tinha amigos complemente “betos” e outros bem ao estilo emo. Se olhasses de fora, parecia que eu não encaixava na “paisagem”, mas tudo servia que nem uma luva 🙂 Porque o que interessava eram as pessoas, e não a forma como se vestiam. Será que andava numa escola muito civilizada? 😛

    Durante muito tempo – e ainda hoje, na verdade – ouvia muito hip-hop português, coisas que a maior parte das pessoas nunca ouviu falar, e em que as letras gritam “música de intervenção”. Depois passei um pouco mais para power metal (tipo Blind Guardian, conheces?) e hoje oiço os dois géneros. Assim como música clássica, oiço muita, especialmente quando preciso de me concentrar. Basicamente são os meus 3 géneros preferidos.

  • Reply
    Vanessa
    29/12/2016 at 5:16 PM

    Também tive umas fases assim, em que não me enquadrava com ninguém, mas a minha sorte foi ter chegado ao secundário e entrado em Artes. Lá ninguém nos criticava, mas pelo resto da escola era sempre os mesmos comentários “olhem os maluquinhos”, “acham-se todos muito alternativos” ou “olhem-me aquela vestida às cores”. Não que eu me achasse diferente, mas pronto, tal como tu, acho que nunca me identifiquei com o resto.
    É bom ver essas mudanças todas (e Panic! é tããão fixe :D) e mesmo que o nosso exterior seja “normal”, continuamos a ser nós mesmas e isso é que importa. 😀
    Bom post!

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