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4 In my photos/ personal/ Porto

The weekend I said goodbye to my comfort zone

Já lá vai algum tempo desde que deixei de fazer grandes planos para quando vou ao Porto. O que acaba quase sempre por acontecer é falhar todos os planos – ir aqui e ali, estar com esta e aquela amiga – em detrimento da minha zona e pessoas de conforto. Acabo por ficar mais por casa ou por perto de casa com a minha família e sítios de sempre.

É isto que acontece quando faço planos, por isso desta vez não os fiz. Parti de Lisboa na sexta-feira com uma ideia daquilo que gostava que fosse o meu fim de semana, mas não me comprometi com nada nem com ninguém quase até à última da hora. E foi o melhor que podia ter feito.

Às vezes os melhores momentos são mesmo aqueles que não planeamos até à exaustão, mas que – pelo contrário – surgem espontaneamente e de forma inesperada.

Assim, no sábado comecei por fazer algo que faço muito, muito raramente: ir ao cabeleireiro arranjar as unhas. Achei que estava a precisar e que me ia sentir melhor com as unhas novamente bonitinhas e arranjadas.
Check.

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A seguir ao almoço fui ter com uma amiga que já não via há bastante tempo. Fomos a uma esplanada da Foz, da qual estava a morrer de saudades. O tempo estava perfeito e já havia muita gente a fazer praia à nossa volta.
Descobri que, durante o tempo em que não estivemos juntas, a vida dela mudou radicalmente e deixei-me ficar a absorver cada palavra e revelação. Descobri com ela que há mudanças que parecem más, mas que, com o tempo, podem ser as melhores coisas que nos acontecem na vida. Às vezes precisamos de empurrões (violentos) para mudar algo que está errado na nossa vida.

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Depois fiz planos para mais tarde nesse noite. Um copo tardio numa tasquinha típica com um grupinho de amigos com os quais também não estava há imenso tempo. Tanto tempo que chega a ser ridículo. Uma vergonha.

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Já era meia noite ou quase e eu ainda não tinha saído de casa. A minha mãe costuma dar-me boleia para sítios onde preciso de ir, “mas depois para voltar para casa, como faço? Táxi?” Não me estava a apetecer gastar mais dinheiro em transportes… “Mas eu tenho carta… Mas não conduzo há imenso tempo…”

Era este o meu pequeno conflito interno no momento.

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Então pensei na história da minha amiga com quem tinha estado à tarde e pensei que estava a ser ridícula e que o era muitas vezes quando vou ao Porto. Que a zona de conforto nunca ajudou ninguém a chegar a lado nenhum na vida e que pegar no carro seria apenas uma mudança minúscula, mas que poderia ser a alavanca para tantas coutras.

“Deixa-te de merdas, Catarina” – a minha consciência é muito frontal.

Então lá fui eu com o carro da minha mãe ter com os meus amigos. So eu, ele, a estrada, a noite e a M80.

 

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No final, depois de me ter despedido deles, não fui logo para casa. Decidi ir dar mais umas voltinhas e passar pelas ruas da minha infância e adolescência, que tantas memórias me trazem.

Revisitar essas memórias soube tão bem quanto estar com os meus amigos e conduzir à noite pelas ruas do Porto.
Cada vez tenho mais a certeza de que há coisas que só acontecem quando fazemos o esforço consciente de sair da nossa zona de conforto.

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Sei que não parece grande coisa, mas sempre fui muito insegura quanto à condução (não só a minha, mas a dos outros), por isso este passo fez toda a diferença no meu fim de semana e, quem sabe, no meu futuro. A independência que senti é demasiado fantástica para não a procurar mais vezes.
Nunca falei disto aqui porque não era muito importante, mas já tive carro e conduzia-o no Porto (na altura), mas quando ele “morreu” deixei de conduzir durante bastante tempo.

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Mas agora que recuperei um bocadinho da minha confiança na condução, penso que da próxima vez que for ao Porto já irei de planos feitos. 😉

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E vocês? Saem da vossa zona de conforto conscientemente? Quais são os vossos truques para o fazer e perder o “medo”?

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4 Comments

  • Reply
    Joana Sousa
    18/05/2015 at 3:24 PM

    Go girl! Para mim começar a conduzir foi a melhor coisinha que já fiz, adoro a sensação de independência e não ter que estar dependente de horas e vontades de niguém :p tenho a sorte de ter carro próprio e já não me safo sem ele (safava quando ia para a faculdade porque os transportes públicos punham-me à porta, mas agora acabou-se essa vida!).

    Não é nenhum bicho de sete cabeças, é tudo uma questão de prática! 🙂

  • Reply
    Inês Silva
    19/05/2015 at 10:38 AM

    Oh Catarina! Relacionei-me tanto com este post que não tens noção 😐 Sou ridiculamente insegura na minha condução e a ideia de ir pro Porto (moro nos subúrbios) de carro deixa-me em pânico. Toda a gente me diz que esta coisa em mim não tem lógica mas o teu exemplo a mim deu-me um bocadinho mais de força, tyyyy!
    Tirando isso, adorei ler este post, a tua relação com esta (nossa) cidade 🙂

  • Reply
    Teresa Amaral
    19/05/2015 at 4:24 PM

    Olá Catarina! Gosto tanto do teu blog e como escreves 🙂
    É sempre assustador sair da nossa zona de conforto, mas faz-nos bem e quando o fazemos ficamos sempre orgulhosas e felizes de termos dado esse passo.
    Há duas coisas que me fizeram sair da zona de conforto o ano passado: começar a conduzir sozinha e começar um blog, duas coisas que queria começar há muito tempo mas andava sempre a adiar. No início foram ambas assustadoras, mas agora só me arrependo de não as ter feito mais cedo 🙂

    beijinhos
    http://pretty-little-stories.blogspot.com

  • Reply
    Vrokio Skëgg
    20/05/2015 at 1:36 AM

    Aperceber-me que algo me restringe ou limita, que a inação perante algo que quero surge devido a algum tipo de medo, para mim é como acordar debaixo de água e parece que a única reacção possível é lutar até conseguir respirar outra vez.
    Em milésimos de segundos faz-se um reality check em que me relembro daquilo que sei. Qualquer medo ou receio, surge do nosso ego e é uma projeção irreal numa realidade temporal que existe apenas no burburinho que não raras vezes são os nossos pensamentos. Nada acontece no passado, nada acontece no futuro, a nossa vida acontece sempre, agora.

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