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Parti o tornozelo: e agora? – dia do acidente, pré-cirurgia e estado de espírito
Apesar de vos ter falado um pouco sobre o meu acidente neste post, achei que não iria querer mais escrever sobre este tema no blog. Achei que não seria interessante para mais ninguém e sendo uma fase menos boa para mim (e estou a ser simpática), pensei em evitar de todo a temática por aqui, uma vez que já me ocupa demasiado tempo nos dias que correm. No entanto, desde que comecei a pesquisar na internet sobre o mesmo tipo de fractura, cirurgia e por histórias de pessoas que passaram pelo mesmo, apercebi-me de que não há nada (ou praticamente nada) escrito ou em vídeo sobre este assunto em Portugal.…
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Curiosamente, a pior coisa de partir um tornozelo não é a dor
Já fez e passou uma semana que parti o tornozelo. Eu, que nunca parti nada na vida. Sim, já o tinha torcido duas vezes ao longo da vida, mas nunca pensei parti-lo verdadeiramente. E que dor que foi (e que continua a ser!). Mas o que ninguém me disse foi que a pior coisa nisto tudo não é a dor física. Quando era miúda via muitos colegas de perna ou braço partido com gessos assinados pelos colegas e parte de mim – a parte de criança inconsciente – também queria passar por aquele aparente ritual de transição. Como se se tratasse de uma parte incontornável da infância. Mas nunca se…
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A história de quando morei sozinha pós-divórcio (durante 3 meses)
As memórias que as redes sociais insistem em trazer ao de cima podem ser tramadas. Umas vezes trazem-nos uma melancolia terrível, por outras uma introspeção até bem-vinda. Ontem apoderou-se de mim um misto de ambas. É que ontem fez dois anos que publiquei este texto, no qual declarei que tinha casa nova, o apartamento que aluguei depois do meu divórcio, em 2020. Vou contar aqui um pouco dessa história. Para começar, vou dar-vos um curto background da minha relação com casas. Apesar de saber que o conceito de casa pode ser puramente emocional e afetivo, não vou negar que o sítio onde vivo tem um profundo impacto em mim, no…
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A arte de saber quando desistir
Saber quando desistir foi das coisas mais úteis que aprendi na vida. Não sei indicar com precisão em que momento rejeitei o mantra do “never give up”, mas sei que algures deixou de fazer sentido quando descobri finalmente como reconhecer quando não faz mais sentido continuar com algo, seja um projeto, um livro ou uma relação. “Never give up” – um mantra tóxico Puxando a referência de Gone Girl (que eu adoro), “a cool girl never gives up”. Será? Para mim, é exatamente o oposto: “Cool girl knows when to give up”. Este seria o meu novo mantra, se eu tivesse um. Que sentido faz arrastar algo indefinidamente quando sabemos…