É normal quem me segue no Instagram ter informação Instagram ter acesso em primeira mão às minhas shenanigans, por isso se é o vosso caso (e se leram este post), já sabem que escolhi passar parte do meu dia de aniversário no Oceanário.
Desde miúda que sinto um fascínio enorme pelo mar e pela fauna aquática. Lembro-me perfeitamente de ter uns quatro ou cinco volumes de livros enormes e cheios de imagens de todos os grupos de animais do planeta Terra e do volume dos seres aquáticos ser o meu favorito de todos, sem qualquer margem de dúvida.
E eis então que chegou o momento de relembrá-los, desta vez ao vivo no Oceanário de Lisboa.
Não posso dizer que já não ia ao Oceanário há muito tempo, até porque a última vez que fui foi também no meu aniversário de apenas há dois anos atrás. Também não se pode dizer que muita coisa tenha mudado no Oceanário, mas na minha vida sim! Pelo menos no que diz respeito à fotografia. Não só tenho skills que não tinha há dois anos atrás, como tenho uma câmara muito melhor e capaz de ultrapassar mais facilmente os desafios e limitações de fotografar dentro do Oceanário, desde a pouca luz disponível, ao movimento das espécies, até ao problema de fotografar através de vidro muito espesso e graduado, como é o caso do vidro do aquário principal onde se encontram as raias e os tubarões, por exemplo.
Por falar nisso… Não, ainda não. Para já vou mostrar-vos algumas das fotos que tirei nesse dia (espero que gostem!) e já falamos melhor lá abaixo, no final do post.
E eis que chegamos à questão dos medos… Porque é que abordo este tópico num post fofinho sobre o oceanário? Porque – claro – está relacionado com o tema, não sou maluquinha. Resumindo, que não vos quero maçar: tubarões. Fascinam-me e assustam-se desde sempre. De. Sempre. Literalmente.
Quando descobri a internet, ainda bem pequena, rapidamente aprendi (e fiz disso uma espécie de hobby) a aceder a live-cams em aquários de tubarões nos Estados Unidos. Queriam ver como se mexiam, como nadavam, como se comportavam e como se alimentavam.
Hoje em dia e dezenas de vídeos e documentários consumidos sobre estes animais e o meu medo só aumentou. Escusam de me dizer que caem mais aviões por ano do que o número de tubarões que atacam humanos, que as banheiras são mais perigosas que os tubarões, que o açúcar mata mais e tudo aquilo que eu já ouvi e que compreendo e aceito perfeitamente que seja verdade. Não me assusta morrer por culpa de um tubarão. Bem, pelo menos não mais do que me assusta morrer de outra forma dolorosa. O meu medo é o in-between: ficar sem membros do corpo, sofrer não só no momento, mas para o resto da vida à conta de um animal selvagem.
A verdade é que, se quero continuar a nadar no oceano (pelo menos cá em Portugal), preciso de me focar nos factos e é a eles que me agarro: que nunca houve nenhum ataque fatal em Portugal, por exemplo. Que as espécies mais perigosas não vivem cá, embora possam por cá passar durante a sua migração.
“HIPÓTESE DE ATAQUE É MÍNIMA” (João Pedro Barreiros Biólogo Marinho da Universidade dos Açores)
Pergunta do Jornal Correio da Manhã – Qual a probabilidade de se ser atacado por um tubarão?
João Pedro Barreiros – É mínima. É quase mais provável ganhar-se o Euromilhões semana sim semana não, até ao final da vida, do que ser-se atacado por um tubarão numa praia portuguesa.– fonte: Surftotal
Mas agora, percebam que:
- existem tubarões em Portugal (vejam aqui, aqui, aqui e aqui);
- ainda que sejam pequenos e inofensivos (dizem), vou morrer de medo se me deparar com um;
- o habitat é deles, não é nosso e temos que saber as consequências que existem para nós ao invadi-lo. Também temos que saber respeitá-lo e não destruí-lo por medo;
- não vou deixar de ir ao mar, embora esteja SEMPRE alerta.
Ironia das ironias: o novo filme da Blake Lively estreou no meu dia de anos nos Estados Unidos. Deixo-vos o trailer fofinho aqui:
Mais alguém partilha este medo comigo? E, já agora, já viram o The Shallows?
5 Comments
Joana Sousa
19/07/2016 at 9:39 AMAhah oh mulher, medo de tubarões vindo de uma portuguesa realmente é um bocado ao lado, mas não te censuro! E que belas fotos tens aqui – gostei muito da primeira do cavalo marinho!
Jiji
Daniela Soares
19/07/2016 at 10:19 AMJá não vou ao oceanário há imenso tempo e adorava voltar. Tens aqui fotos fantásticas que me deixam com muita saudade.:)
Relativamente ao teu medo, confesso que cá em Portugal não tenho muito receio que isso aconteça, mas quando entro no mar também tenho sempre medo de encontrar algo que não queira.xD
Another Lovely Blog!, http://letrad.blogspot.pt/
Ana Rita Leite
20/07/2016 at 2:07 PMfotografias maravilhosas!
Catarina Gralha
21/07/2016 at 9:42 PMAs fotografias estão absolutamente m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-s! Quando for grande quero tirar fotografias assim lindas lindas <3 É bem difícil conseguir tirar fotos decentes pelo vidro do oceanário… Eu já tentei, e não ficaram mal de todo, mas sem dúvida que me falta habilidade (e máquina, a culpa não pode ser só minha) para tirar fotografias assim.
Em relação aos tubarões… Não partilho o teu medo. Acho que são criaturas fantásticas, e não tenho nenhum receio, embora saiba que se vir um à frente o meu discurso pode passar a ser completamente diferente 😀
Maria
29/07/2016 at 2:58 PMEu quero ver se este Verão ainda vou ao Oceanário que há coisa de dois-três anos que já lá não vou. É um espaço que não muda assim tanto em poucos anos, mas é sempre uma experiência única passar por lá, mal que não seja pela fofura de muitos dos animais. As fotografias estão absolutamente fantásticas. A primeira dela todas é, sem dúvida, a minha favorita.
Em relação aos tubarões… Medo não tenho, em teoria diga-se, mas duvido que me sinta segura se visse um à minha frente na água. A não ser que seja um não-carnívoro, e aí até era capaz de achar piada à coisa. Fora isto, penso que são seres completamente mal entendidos. E já tinha visto o trailer desse filme mas não me captou muito o interesse.