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Reader’s block: missão reapaixonar-me pela leitura
Posso só repetir-me, uma vez mais, e publicamente declarar o meu amor por este meu cantinho de há já tantos anos? Posso já não meter aqui os pés, ou melhor, as mãos, para escrever há um mês, mas sempre que cá venho, sinto uma verdadeira lufada de ar fresco. É aquela satisfação de nostalgia e a concretização de algo de que necessito para me sentir mais eu; esta mania de escrever e de continuar a alimentar um meio que, hoje em dia, se declara meio moribundo.Mas aqui sigo, forte na minha convicção, teimosia e amor pelos blogs. Não há mais nenhuma plataforma onde me sinta tão em casa, o que…
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O meu pedido de casamento apareceu num jornal italiano (aka “Estou noiva… e agora?”)
Já sabem que o título é meramente especulativo, embora verdadeiro. A presente publicação serve para oficializar – aqui no blog – esta fase tão mágica, única e inesperada da minha vida. Quem me segue por aqui há algum tempo, sabe que já antes me casei (e descasei rapidamente), mas o que podem não saber é que nunca tive um pedido de casamento ou sequer um anel. Verdade seja dita, nunca senti que queria nada disso, até o conhecer. Foram anos e anos de vida a rejeitar que o casamento era para mim e apregoava aos sete ventos que ceder a estes rituais heteronormativos da sociedade estava fora de questão. Mas…
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Bloqueios à escrita e mudanças de vida versão 2022
Aviso: esta publicação contém uma pequena crise de identidade de escrita. Ia jurar que isto já tinha sido mais fácil. Isto, de escrever aqui, à frente de toda a gente. Não sei o que se passou comigo, mas parece-me que já não sou a mesma blogger que contava muito da sua vida por aqui. Tenho alguma pena, mas vamos lá tentar perceber se isto está a acontecer na sequência de um bloqueio a este tipo de escrita mais pessoal, ou se fui mesmo eu que mudei. Tenho perfeita consciência de que pareço o chamado Velho do Restelo, permanentemente saudoso por um passado triunfante e certamente mais glorioso, mas a nostalgia…
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A história de quando morei sozinha pós-divórcio (durante 3 meses)
As memórias que as redes sociais insistem em trazer ao de cima podem ser tramadas. Umas vezes trazem-nos uma melancolia terrível, por outras uma introspeção até bem-vinda. Ontem apoderou-se de mim um misto de ambas. É que ontem fez dois anos que publiquei este texto, no qual declarei que tinha casa nova, o apartamento que aluguei depois do meu divórcio, em 2020. Vou contar aqui um pouco dessa história. Para começar, vou dar-vos um curto background da minha relação com casas. Apesar de saber que o conceito de casa pode ser puramente emocional e afetivo, não vou negar que o sítio onde vivo tem um profundo impacto em mim, no…