Ontem esteve um dia lindíssimo em Lisboa. Solarengo, não muito frio e ideal para passeios a pé pelos nossos recantos favoritos, pausas para chá, ida ao teatro e descoberta de novos sítios maravilhosos.
Foi assim o meu dia de ontem.
Começando no Rato a descer a Rua de São Bento, demorei o olhar pelos vários estabelecimentos que se encontram nesta rua antiga e que não há muito tempo começaram a fazer parte do meu roteiro da cidade.
E que diz estabelecimentos, diz também a street art desta zona de São Bento, de que tanto gosto.
Mais ao fim da rua, demorei-me na montra de uma livraria, que muito me chamou a atenção. Não sei bem explicar porque é que esta montra me atraiu e as outras montras de livrarias por onde passámos não. Mas há coisas que não se explicam e que estão destinadas a acontecer, parece-me. Já explico porquê. 😉
A livraria em questão chama-se Palavra de Viajante.
Aqui, na Palavra de Viajante, todos os livros são sobre viagens. Quer se debrucem sobre a teoria da viagem, quer sejam diários de bordo, ensaios detalhados sobre os modos e costumes dos países, ou qualquer outra forma literária relacionada com viagens, eles têm.
Era capaz de passar horas aqui a folhear as obras promissoras reunidas neste espaço. Aliás, existe um espaço – também dentro da livraria – onde servem café e café. O que pode haver melhor do que acompanhar a leitura descontraída de um livro por uma chávena de chá quentinho?
Estou genuinamente convencida de que, se nunca mais viajasse fisicamente e pudesse ler todos os livros da Palavra de Viajante, sairia desta experiência com um grau muito equiparado de riqueza cultural.
Mas houve um livro em especial que me atraiu. Não sei explicar porquê nem como, mas tenho um radar especial para os livros. Sempre que estou na presença de imensos livros, há sempre um que me faz sentir que é o “The One” e que vai mudar a minha vida para sempre. O “The Idle Traveller” teve que vir para casa comigo.
E parece que não me enganei (sim, já o folheei e li umas coisinhas).
A seguir, deixamos São Bento em direcção ao Adamastor.
Acho que foi a primeira vez que vi o pôr do sol no Adamastor e foi tão, tão bonito.
Aqui falamos de projectos futuros, de inspirações, de sonhos e de carreiras. Passaram-se umas horas e fizemos também os planos para o jantar, o qual precederia a nossa ida ao teatro (fomos ver a peça Shakespeare em 97 minutos, no Tivoli).
E como acredito que a descoberta do meu “The Idle Traveller” não foi um acidente, acredito também que foi graças a ele que dei os primeiros paços em direcção a um dos meus grandes objectivos para este ano. Sim, é uma viagem. 🙂
“The intuitive mind is a sacred gift and the rational mind is a faithful servant. We have created a society that honours the servant and has forgotten the gift.”
– attributed to Albert Einstein (take from The Idle Traveller, chapter 6)
3 Comments
Inês Silva
25/01/2015 at 11:05 PMoooooh saudades do Rato! Vou anotar este pequeno percurso pra próxima vez que for a Lisboa 😀
joan of july
27/01/2015 at 3:39 PMFaz isso sim, acho que ias adorar as lojinhas pitorescas e antigas da Rua de São Bento. 😀