Acho que, mesmo após anos de blogging, nunca vos mostrei a minha faceta de gamer. Neste espaço, mostro-vos muito sobre mim e sobre a minha vida, mas ficará sempre algo a faltar se não vos falar de jogos.
Sempre cresci rodeada por jogos, consolas e um pai e um irmão que adoravam jogá-los, por isso talvez possa culpá-los por este meu guilty pleasure. 😉
Digo “guilty pleasure” porque infelizmente, hoje em dia, já não tenho o mesmo tempo livre que tive outrora, o que significa que sempre que jogo, parte de mim sente-se um bocadinho “culpada”.
Mas não é por isso que vou deixar de jogar. Posso já não o fazer regularmente, mas exactamente por não ter tanto tempo, sou muito mais selectiva com os que jogo. Neste momento, só jogo o #1 da lista, mas há outros 9 jogos que vão ficar na minha memória para sempre.
#1 – Skyrim (PS3)
Ano de lançamento: 2011
História
A história de “Skyrim” passa-se na província com o mesmo nome e numa época de instabilidade, em que a população e os “Estados” se dividem entre a fidelidade ao Império (Imperials) e ao movimento rebelde (Stormcloaks). Nisto tudo, a vossa personagem (que podem personalizar como quiserem, inclusive escolher a raça – high elf, dark elf, wood elf, Nord, Redguard, Kaji, etc. – é o Dragonborn.
“Skyrim legend tells of a hero known as the Dragonborn, a warrior with the body of a mortal and soul of a dragon, whose destiny it is to destroy the evil dragon Alduin.”
Porquê o Skyrim?
Para mim, o melhor jogo que já joguei e o que me deixou mais “presa” à consola. Comecei a jogá-lo em 2012, quando o meu namorado mo ofereceu, pouco depois de nos termos mudado para a nossa casinha. Passado uns meses, acabou o meu estágio e dediquei-lhe muitas horas de jogo.
Skyrim é o 5º jogo da série Elder Scrolls e compreende tudo aquilo que adoro num jogo: tem como tema o fantástico, mundos e tempos longínquos do nosso. E se há algo de que não me podem acusar é de não ser consistente. Se gosto disso num jogo, também gosto em livros, ou não seria eu uma ávida fã de As Brumas de Avalon, A Guerra dos Tronos, Harry Potter, Lord of the Rings, etc.
Há tanta coisa que vos poderia contar sobre o Skyrim, mas acho que ia precisar de um só post para ele. Para terminar a descrição do primeiro jogo, acrescento só que uma das coisas de que mais gosto no Skyrim é o facto de as missões serem praticamente infinitas (se jogo isto desde 2012, imaginem…) e de TUDO, mas mesmo TUDO ter história. Cada terra, cada aldeia, montanha, dragão ou livro que encontram no jogo tem um argumento escrito por trás, como se fosse real e assente em História ou, pelo menos em mitologia. Nos vários livros que encontram durante o jogo, conseguem apanhar pedaços da história de Skyrim, mesmo séculos ou milénios antes da vossa personagem existir. Ah, é verdade, falta dizer que adoro a banda sonora.
Status do jogo
Já fiz todas as missões principais, já joguei (e terminei?) os 3 DLCs – Dawnguard, Hearthfire e Dragonborn -, sou uma super badass dark elf nível 52, casada com uma mulher, com várias casas por toda a Skyrim e mãe adoptiva de dois filhos. Sim, temos uma relação lésbica e adoptamos crianças, eu e a Mjoll the Lioness. Querem mais à frente que isto?
P.S.- Só me faltam ganhar 9 troféus neste jogo!!
#2 – Alice: Madness Returns (PS3)
Ano de lançamento: 2011
História
No seguimento do primeiro jogo, American McGee’s Alice, a protagonista – Alice Liddell -, encontra-se internada num hospício, julgada como louca e acreditando ser responsável por um incêndio que ocorreu há 11 anos e que destruiu a sua casa e matou a sua família. Após isto, foge para uma versão distorcida do País das Maravilhas, que nada se assemelha ao que conheceu enquanto criança. Agora, Wonderland está repleto de criaturas assustadores e maléficas e a destruição e caos são visíveis onde que que passe.
No mundo real, Alice reside num orfanato na Londres da era Vitoriana sob os cuidados do doutor Angus Bumby, um psiquiatra que usa a hipnose para ajudar os pacientes e crianças a esquecerem os seus traumas e memórias dolorosas. Embora ela acredite estar curada da sua loucura e de sua catatonia (tornou-se catatónica após uma tentativa de suicídio), as alucinações do País das Maravilhas continuam a aparecer.
Durante todo o jogo, o jogador testemunha períodos em que Alice retorna brevemente para a realidade e outros que ocorrem dentro do País das Maravilhas.
Alice rapidamente chega à conclusão de que o Dr. Bumby está a tentar apagar as memórias da noite do incêndio da sua mente, como ele tem feito com outras crianças, tentando deixá-las como um “brinquedo em branco” para serem “usadas” por molestadores de crianças por um preço.
Em Wonderland, Alice tenta recuperar fragmentos da sua memória, enquanto luta contra as forças obscuras que se apoderaram desse mundo.
Porquê Alice: Madness Returns?
Porque sou fascinada pelo mundo da Alice in Wonderland e de todo o mistério em torno até da verdadeira Alice Liddell. E se lerem a história do jogo (acima), ainda que na diagonal, vão perceber que é verdadeiramente irresistível. Eu amei este jogo e acabei-o em menos de nada, porque fiquei obcecada por ele. É f-a-n-t-á-s-t-i-c-o, acreditem. E é outro jogo com uma banda sonora brutal, da autoria de Jason Tai. Podem ouvi-la aqui para terem uma ideia do ambiente do jogo.
Status do jogo
Terminado com sucesso! 🙂
#3 – Neverwinter Nights (PC)
Ano de lançamento: 2002
História
O que não falta ao Neverwinter Nights é um enredo envolvente. A história em si é demasiado longa e complexa para vos contar por aqui, mas resumidamente, o jogo começa com um pedido especial feito pela Lady Aribeth, da cidade de Neverwinter, ao vosso personagem. A missão que vos é dada consiste em recuperar e levar 4 criaturas mágicas (dryad, intellect devourer, yuan-ti, e cockatrice), necessárias para a criação de uma cura para a Wailing Death, uma praga mortal que recaiu sobre a cidade de Neverwinter e que está a matar a sua população.
Porquê o Neverwinter Nights?
Porque até jogar Skyrim, este ocupava o lugar de “melhor jogo que alguma vez joguei”. Foi um jogo que me acompanhou durante o meu 2º/3º ano de faculdade e que me dava imenso gozo jogar no meu pequeno quartinho da residência. Servia como um escape perfeito do stress dos testes e trabalhos para entregar. “All work and no play..”
E, como já dei a entender várias vezes, adoro o mundo fantástico onde me deparo com criaturas míticas, feiticeiros, magia, dragões e todo esse imaginário.
Status do jogo
Terminado com sucesso! Mas ainda tenho muitos expansion packs para jogar. 😉
#4 – Silent Hill: Shattered Memories (Nintendo Wii)
Ano de lançamento: 2009
História
Após um acidente de carro, Harry acorda e percebe que sua filha desapareceu. A partir deste ponto, inicia-se numa busca incessante pela filha, Cheryl. A história alterna entre as partes de gameplay pela cidade e por uma uma clinica psiquiátrica chamada Lighthouse em que o jogador faz uma consulta com o Dr. K e onde conta sua história. Através de várias perguntas que o Dr. K faz ao jogador (nós, portanto), vai definindo um diagnóstico clínico a que temos acesso no final do jogo.
Porquê o Silent Hill: Shattered Memories
Sempre adorei o universo Silent Hill. Os jogos, em si, não têm imensa acção, mas os quebra-cabeças são fantásticos, a banda sonora é magnífica (pelo Akira Yamaoka) e o sentimento de perda, alienação e solidão sentidos através dos cenários do jogo são tão realistas, que os conseguimos sentir perfeitamente. Para além disso, arrepiei-me genuinamente com o resultado do diagnóstico do Dr. K quando acabei o jogo. Foi terrivelmente acertado, até meteu medo!
Status do jogo
Terminado com sucesso!
#5 – The Legend of Kyrandia (PC)
A história
A história passa-se em Kyrandia, um reino cujo rei e rainha foram assassinados pelo bobo da corte, o maléfico e louco Malcolm. Para além disso, Malcolm transforma o avô de Brandon (o herói da história) em pedra e rouba a Kyragem, uma pedra mística que contém toda a energia do reino. A missão de Brandon é, então, recuperar a Kyragem, devolver a energia ao reino e, no processo, salvar o avô.
Porquê o Legend of Kyrandia?
Legend of Kyrandia é um jogo absolutamente lendário para mim e também o meu primeiro amor no mundo dos videojogos. Era uma criancinha apenas quando comecei a jogá-lo. Para terem uma ideia, o jogo foi lançado em 1993 e instalava-se com DISQUETES. Para iniciar o jogo, tinha que se abrir o MS DOS… Omg… Parece que foi noutra vida, mas não foi.
Hoje em dia sei que não é jogo para crianças, pois está cheio de quebra-cabeças difíceis de resolver e é um jogo que requer também muita paciência, pois não tem muita acção. Como vos disse, é um jogo para puxar pela cabeça.
Passa-se também numa terra longínqua, cheia de artefactos mágicos e magia (boa e má); pelos vistos foi aqui que o meu amor por este género começou.
Quando já andava para aí no 3º ano de faculdade, decidi voltar a pegar neste jogo (nessa altura já dava para descarregar online, anda de MS DOS) e acabá-lo de uma vez por todas. Sim, recorri a walkthroughs, mas se assim não fosse ainda iam passar 10 anos sem que tivesse terminado o hoje. Acabar o Legenda of Kyrandia fez-me sentir especial, como se tivesse cumprido uma promessa à criança que fui. E aqui ressuscitou, também, o meu interesse por este tipo de jogos.
Status do jogo
Terminado com sucesso. (e, ok, alguma ajuda de walkthroughs).
#6 – Nights (Sega Saturn)
Ano de lançamento: 1996
História
Todas as noite, os sonhos humanos são passados em Nightopia ou em Nightmare, as terras dos sonhos e dos pesadelos, respectivamente. Porém, o malvado regente de Nightmare, Wieman the Wicked, está a roubar a energia dos sonhos dos visitantes enquanto dormem para juntar poder suficiente para controlar Nightopia e, eventualmente, do mundo real. Esta energia é representada pelas esferas coloridas conhecidas como “Ideya”.
Para isto, é auxiliado por várias personagens que Nights – o herói (ou heroína?) – tem que derrotar ao longo do jogo.
Claire e Edward são duas crianças que, numa noite de sono, escapam para dentro de Nightopia e descobrem que possuem a mesma Ideya vermelha da Coragem, o único tipo de Wizeman não pode roubar. Eles libertam Nights da prisão onde estava e começam uma jornada para travar Wizeman e restaurar a paz a Nightopia.
Porquê Nights?
Um dos primeiros jogos que me lembro de jogar com o meu irmão na nossa Sega Saturn quando éramos miúdos. Nights é um jogo divertidíssimo, mas que eu levava muito a sério (como sempre quando jogo). Os níveis – ou Dreams – passavam-se um mundos de sonho, habitados por criaturas fantásticas e onde tínhamos que apanhar bolinhas e voar por arcos e outras coisas. Após estes níveis “alegres”, vinha um boss stage com uma criatura horrível qualquer para derrotar.
Status do jogo
Para ser sincera, não me lembro se cheguei a terminá-lo ou não, mas mais tarde voltei a comprar e a jogar uma versão do jogo para a Wii. Infelizmente, era bem diferente deste de 1996. 😐
#7 – Soulcalibur (Dreamcast)
Ano de lançamento: 1999
História
Aborda uma história transcendental, envolvendo homens, almas e guerreiros e focaliza-se na Eurásia, abordando desde o Japão até Espanha. Não tem assim uma grande história, pois concentra-se apenas na luta entre as várias personagens em diferentes arenas.
Contudo, cada personagem tem a sua própria história pessoal, que eu adorava ver e rever antes de escolher qualquer personagem que fosse. Sempre senti que tinha que me identificar com a personagem, antes de a escolher num jogo. E assim, lá jogava eu com a Sophitia ou com o Siegfried.
Porquê Soulcalibur?
Porque é lindo! Os gráficos, para a altura, era fantásticos, e um ou dois passos à frente do Virtua Fighter, o outro jogo de luta que jogava na Sega Saturn, antes de ter a Dreamcast. Para além disso, sempre gostei de jogos de luta entre guerreiros de estilos, proveniências, skills e armas diferentes.
Status do jogo
Não me lembro, mas penso que – pelo menos – desbloqueei todos os jogadores e arenas.
#8 – SnowSurfers (Sega Saturn)
Ano de lançamento: 1999
História
Como em Soulcalibur, não havia uma história geral – para além de campeonatos de snowboard -, mas cada personagem tinha uma espécie de uma história, embora não tão detalhada como as das personagens do jogo acima.
Porquê Snow Surfers?
Porque foi um dos primeiros jogos que, como Nights, jogava com o meu irmão na Sega Saturn. Nunca tive um jogo sequer parecido (desportos na neve, what??) e divertia-me imenso quer a jogá-lo em single player, quem em campeonatos frente a frente com o meu irmão. Escolhia sempre uma das duas raparigas. 😛
Status do jogo
Com a “morte” da Sega Saturn nunca mais o joguei, mas se houvesse para a PS3 baratinha, quase de certeza que o comprava amanhã. 😀
#9 – Siren: Blood Curse (PS3)
Ano de lançamento: 2008
História
A história começa no dia 3 de agosto de 2007 e baseia-se no grupo de televisão dos Estados Unidos que vai ao Japão para investigar e documentar a lenda da ilha Hanuda, a “vila desaparecida”, onde dizem ter acontecido sacrifícios humanos há trinta anos.
Porquê Siren: Blood Curse
Porque adoro o “survival horror” e Siren: Blood Curse é um dos melhores jogos deste género. Para mim, ainda melhor do que ver um filme e sentir-me assustada, é jogar um jogo é sentir medo constante. É verdadeiramente estimulante, e o facto do jogo se desenrolar no Japão ajuda ainda mais a sentir-me envolvida pela história, conhecendo a tradição japonesa de terror.
Status do jogo:
Só joguei partes do jogo, uma vez que era do meu irmão e só o jogava quando ia ao Porto, nos fins de semana da faculdade e férias. Ando a pensar compra-lo para a PS3 cá de casa eventualmente. 😉
#10 – Duke Nukem 3D (PC)
Ano de lançamento: 1996
História
Desenganem-se se pensam que os “jogos de tiros” não tem história. Não que a de Duke Nukem seja muito complexa, mas existe um contexto! 😀
Após os acontecimentos de Duke Nukem II, no século XXI, Duke está na sua nave espacial de regresso à Terra para tirar férias. Assim que se aproxima de Los Angeles, a sua nave é atingida e derrubada por inimigos desconhecidos.
Ao enviar um sinal de socorro da sua nave, Duke descobre que Los Angeles foi atacada por Aliens e que o departamento de polícia (LAPD) foi totalmente transformado em mutantes.
Com os seus planos arruinados de uma vez, Duke pressiona o botão “ejectar” e embarca na tentativa de parar a invasão e salvar a terra.
Porquê Duke Nukem?
E porque não? Hoje em dia já não sou menina de jogar estes jogos de tiros, porque os acho aborrecidos, mas quando tinha 12-13 anos achava o máximo. Tanto jogava Duke Nukem, como Doom, como os vários Quake. Tudo no PC. Todos eles pertenciam ao meu pai que, regra geral, ia sempre à minha frente neste tipo de jogos. 😛
Status do jogo
No idea, mas foi divertido enquanto durou!
Menções Honrosas
Jogos que poderiam bem estar neste top, mas como só o limitei a 10, tiverem que ficar de fora:
God of War
The Darkness
Shadow of Colossos
Virtua Fighter
The Darkness
Quake
Doom
Depois de acabar de escrever este post, fiquei ainda com mais a certeza de que a razão pela qual gosto destes jogos se deve ao período da minha história em que os joguei e das pessoas com quem passei tempo enquanto os jogava. Cada um destes jogos está associado a memórias incríveis da minha vida, uma vez que me ajudam a lembrar de momentos e memórias felizes que não me importava nada de revisitar.
Não gosto nada de ver pessoas (jovens ou não) completamente viciadas em jogos, sem terem quaisquer outros interesses na vida, mas sou uma acérrima defensora que um joguinho ou outro de vez em quando não faz mal a ninguém. É uma actividade recreativa como qualquer outra. Como, por exemplo, ler um livro! 🙂
Bem, agora que já terminei este post enorme, digam-me:
4 Comments
Analog Girl
19/01/2015 at 5:34 PMJá tive uma fase mais gamer, mas fiquei-me pelos simples jogos de plataformas da minha velhinha mega drive ou ous saudosos lemmings e pac-man. No entanto joguei ainda no meu computador aquele que para mim foi o melhor jogo de todos e deveria ser transformado num filme, que é o Phantasmagoria. Eu amava o raio do jogo, não descansei enquanto não o joguei até ao fim, e acho que repeti a brincadeira mais umas 2 ou 3 vezes. Infelizmente aquilo era para o windows 95, e para além de ter ficado desactualizado demais para o jogar, deixei de ter PC há alguns anos. Ando há uns tempos para tentar recuperá-lo naqueles sites onde há jogos antigos, mas ainda não pesquisei… se o apanho de novo acredito que me vou viciar à séria.
joan of july
22/01/2015 at 11:09 PMTambém gostava muito desses clássicos, Joana. Ah, e podia ter posto o Prince of Persia na lista das menções honrosas. 😛
Já ouvi falar muito de Phantasmagoria. Pelo que oiço dizer, acho que seria um jogo que ia adorar jogar!
Se o encontrar por aí, aviso-te. ;)*
Analog Girl
29/01/2015 at 2:24 PMIas amar, não tenho dúvidas