O Game of Thrones voltou ontem para a sua última temporada. Estamos, portanto, numa altura história, meus amigos. Como tal, já posso oficialmente voltar a este tipo de publicações. Se vocês já me seguem, pelo menos, desde 2014, sabem como adoro ligar filmes e séries a episódios da nossa vida mundana. Vejamos, então, de que forma A Muralha se assemelha ao mundo laboral.
Quando te apercebes que romantizaste tudo na tua cabeça
Shout out ao Jon Snow da primeira temporada que só falava sobre duas coisas: a vida de bastardo e em ir para A Muralha. Como o Jon Snow não sabe nada, achava que a vida n’ A Muralha ia ser a epítome de uma vida de honra, que ia orgulhar o pai e a família e provar-se enquanto guerreiro.
E depois chegou lá e tornaram-no assistente pessoal do velho Mormont.
Conclusão: às vezes romantizamos um certo emprego antes de o aceitarmos e, depois, a vida troca-nos as voltas. O melhor é não criarmos falsas expectativas (nem demasiado altas).
Nem sempre te dão as melhores condições de trabalho…
Ok, o caso d’ A Muralha é deveras extremo, mas caramba se não faz lembrar aqueles escriórios em que o AC está sempre a -50º porque está estragado, mas toda a gente já se habituou àquilo e até tem casacos extra que deixa no escritório… menos tu, que acabaste de chegar.
Há colegas de trabalho que duvidam das tuas capacidades
No caso do Jon Snow, começaram a desprezá-lo assim que chegou; quem era aquele bastardo de boas famílias que acaba de chegar à Muralha cheio de manias de que valia alguma coisa com uma espada? Não é muito diferente de chegar a um novo emprego cheio de bagagem de uma empresa xpto onde estivemos anteriormente. Toda a gente assume que vens com um ar empertigado dizer-lhes como é que se fazem as coisas, mesmo que não seja isso que sentimos.
Nas primeiras semanas toda a gente olha para ti como se fosses um alien
Seremos fixes, seremos uns snobs do pior? Podemos ser bastardos, mas como somos bastardos de boas famílias, nunca se sabe. Am i right?
Há sempre aquele colega que acha que manda nisto tudo (mas não manda)
Digam-me um local de trabalho vosso onde não tenham conhecido alguém assim. Agora, digam-me o nome de – pelo menos – três irmãos da Night’s Watch que tenha agido desta forma para com o jovem Snow. Vêem, há muito em comum entre A Muralha e o mundo empresarial.
Vais encontrar dois tipos de colegas de trabalho (sem ser o anterior):
… os que vestem a camisola da empresa (até demasiado…)
… e os que, se pudessem, estariam a fazer qualquer outra coisa da vida.
Quando passas a vida a pedir mais responsabilidades e o momento (finalmente) chega
Ou como ser Millennial, parte 1. Millennial que é Millennial quer sempre mais responsabilidade no trabalho, mesmo que lá esteja há pouco tempo.
… mas afinal… se calhar nem por isso.
E agora olha… aguenta e não chora! E sim, às vezes pede mais responsabilidades cedo de mais.
Por vezes, falta-te aquele equilíbrio entre vida pessoal e trabalho…
O “como ser Millennial, parte 2” começa por, na sequência de termos pedido mais responsabilidades, nos apercebermos de que lixámos este equilíbrio.
… e começas a questionar tudo e a tentar reconquistar um equilíbrio saudável
Há empresas que nos incentivam a pôr este equilíbrio em causa. Nem sempre o fazem de uma forma óbvia, mas sim através de atractivos e planos em equipa fora das horas de trabalho, que nos fazem deixar esposos, esposas e filhos em casa várias noites por semana. E isto não está certo. Claro que os convites podem sempre fazê-los, mas compete-nos a nós, colaboradores, rejeitá-los quando não nos fizerem sentido. Tal como o trabalho extra que sabemos que não conseguimos aceitar.
Ou vai ou racha.
Nós, Millennials, somos uma geração que, em contexto profissional, é bastante exigente. Queremos equilíbrio entre vida pessoal e profissional, queremos identificar-nos com a cultura da empresa e queremos gostar do nosso trabalho, ao mesmo tempo sentindo que estamos a fazer algo bom pelo Mundo.
Acima de tudo, queremos muito saber como acaba Game of Thrones.
Quem já viu o primeiro episódio desta última temporada? No spoilers, please!
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