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‘And now my watch has ended’: opinião sobre o final de Game of Thrones e um agradecimento (SPOILERS)

Em Junho de 2011 partilhava convosco a minha “nova obsessão“. Era a primeira temporada e o primeiro livro de algo chamado Game of Thrones. Esta obsessão dura até hoje e cá estamos nós, 8 anos depois. E está na altura de falar sobre o final da série que me encantou durante todos estes anos.

Uma apreciação breve e muito geral da 8ª (e final) temporada

Não gostei. Apressada, cheia de erros e de plot holes. Lamento, mas está péssima em comparação com o bom trabalho feito ao longo destes oito anos.

E o final?

De novo, de uma forma muito geral, gostei bastante. Nem sei se terei as palavras necessárias para vos explicar porquê, mas senti a minha mente em paz com o desfecho que a série teve.

Aos meus olhos, fez-se justiça. Se o Bran teria sido a minha primeira escolha para rei dos Sete Reinos? Não. Mas, por vezes – a maioria das vezes -, nós não conseguimos reconhecer sozinhos aquilo que é melhor para nós, quanto mais para o mundo. E esta é uma lição que a Daenerys nunca aprendeu. Da forma como ela acabou por inevitavelmente ir pelo mesmo caminho de loucura de outros reis Targaryen antes dela, o desfecho foi mais que merecido.

Por mais que gostemos de um rei/rainha/líder não nos podemos deixar cegar pelo seu carisma e palavras adocicadas. Quando uma rainha que nos diz que faz sentido matar milhares de pessoas que não se ajoelham perante ela porque o mundo vai ficar melhor (mesmo que quase já não reste ninguém), é preciso abrir os olhos. Seguir líderes de forma cega é compactuar com o terrorismo e com a ditadura.

Conheço pessoas que adoravam a Daenerys enquanto personagem (e quem não, até certo ponto da série?) e que ainda não admitem que ela não podia ser rainha de Westeros naquelas condições de insanidade mental. Isto preocupa-me, amigos, deixem-me que vos diga. Rezo aos Velhos e aos Novos Deuses para que consigam ter um maior nível de clareza caso isto alguma vez venha a acontecer na vida real.
Se o inner circle do Hitler tivesse tido dois dedos de testa, muitas vidas teriam sido poupadas. Pensem nisso.

O feminismo da coisa

O que é que quero dizer com isto? Que fiquei feliz por não terem escolhido pôr uma mulher no trono só por ser uma mulher e obter, assim, a aprovação de um público que cada vez mais preocupado com as questões de género. Elas importam – e muito -, mas odeio quando uma série se aproveita de questões contemporâneas para ganhar simpatia. Não houve nada disso em Game of Thrones e estou grata por isso.

Mas se formos por aí – pelo feminismo – olá Sir Brienne of Tarth, the Knight!

Porque é que tanta gente odiou o final de Game of Thrones?

Sinceramente? Não sendo uma dessas pessoas, arrisco que a maioria das pessoas detestou profundamente o final da série porque torceram pela vitória de uma de duas personagens: Jon Snow e Daenerys Targaryen. Uma vez que nenhum destes dois cavalos ganhou a corrida, praticamente toda a gente que torcia por eles perdeu a aposta.

Na cultura popular cinematográfica, tipicamente Hollywoodesca, estamos habituados àquilo que chamo de “a jornada do herói”. Consiste numa vida penosa, em provações tenebrosas e em feitos heróicos que, no final, são recompensados com a vitória.

Compreendo. É uma narrativa fácil, que não requer muito pensamento ou sofrimento. Por mais que vejamos os nossos heróis em agonia ao longo de uma série, filme ou livro sabes que, no final, terá aquilo que merece. A tal recompensa.

Pois, em Game of Thrones foram por outro caminho. Este é o Game of Thrones verdadeiro! É o GOT que nos tirou Ned Stark logo na primeira temporada quando achávamos que seria ele o herói da história. É este o GOT que nos deu o Red Wedding e a batalha entre Oberyn Martell e o The Mountain, Sir Gregor Clegane. E, agora, é o Game of Thrones que nos deu dois teriam-sido-heróis caídos em desgraça, ainda que de formas diferentes.

Game of Thrones é pura ficção, mas tem muito de realidade neste ponto na medida em que a vida simplesmente não é justa. Tenho a certeza que toda a gente conhece alguém que é super bonzinho, não faz nada de mal, doa dinheiro à solidariedade, etc., mas algo muito mau lhe aconteceu. E isso é justo? Não, mas é a aleatoriedade da vida.

Mas se há alguém que explica este fenómeno melhor que eu é mesmo a Alanis Morissette em Ironic.

Um GIGANTE “Obrigado”!

Ok, eu admiti logo no início deste post: eu não gostei da temporada final de GOT com excepção do último episódio.

Agora que tirámos isto do caminho…

Não que eles vão ler, mas agradeço ao George R.R. Martin acima de tudo, mas também a toda a gente envolvida na série – incluindo David Benioff e D. B. Weiss – por me fazerem sonhar e envolver num mundo tão distante do meu de forma tão intensa.
Obrigada por me fazerem sentir novamente criança como quando me apaixonei pelo universo de Tolkien e de Harry Potter.

Obrigada por me aliviarem da carga de tudo o que implica ser adulta, com todas as responsabilidades e obrigações que isso acarreta. Foi maravilhoso viajar durante 8 anos para Westeros e tomar as preocupações daquele mundo como se minhas fossem.

Porque é isso que faz uma boa obra de Fantasia.

Ainda não desisti da ideia de que o George R.R. Martin vai, um dia, publicar o Winds of Winter e o A Dream of Spring. Ainda não estou preparada para que isto acabe. Os livros têm que continuar!

E vocês, gostaram do final? Se não, o que preferiam que tivesse acontecido?

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5 Comments

  • Reply
    Joana Sousa
    23/05/2019 at 10:37 AM

    ASSINO POR BAIXO! Também acho que foi tudo muito apressado e esta história merecia um final mais rico, mas acho que fez sentido. E quanto ao feminismo, publiquei hoje mesmo um rant sobre isso – fico MESMO contente que tenham escolhido fazer sentido em vez de ir na onda. Já as acusações de o desfecho ser anti-feminista…acho só parvas lol

    Foram anos de muita antecipação para um final que fez justiça à história. Não chegamos lá da melhor forma, mas fico sem amarguras. Foi bom, caraças!

    Jiji

    • Reply
      Catarina Alves de Sousa
      23/05/2019 at 10:44 AM

      Estamos tão alinhadas, Jiji! E vou ler o tue post ASAP! As acusações são ridículas. Não é esse o feminismo de que precisamos; o feminismo “Por favor, coitadinhas, que elas são mulheres”. Screw that!

  • Reply
    Ana
    23/05/2019 at 12:37 PM

    Não é que não tenha gostado dos acontecimentos. Simplesmente detestei esta temporada e este final porque não me mostraram o caminho para muitos dos desfechos. Na primeira temporada o protagonista morre, não era o que se queria nem o esperado, mas não ficamos chateados porque vimos o percurso da personagem até chegar aquele desfecho. Na última temporada parece que estavam cansados e fizeram tudo muito rápido. Tirando a enorme quantidade de incoerências que nem vou falar agora 😋

  • Reply
    Sofia Costa Lima
    23/05/2019 at 4:25 PM

    Yeeeeeeeeeeeeeees!!!!!! Também assino por baixo!
    Eu também gostei do final! Achei, no entanto, que o resto da temporada foi realmente apressada em muitas partes, mas gostei da batalha de Winterfell.
    Acredito que um final “feliz”, em que a Daenerys chegava ao trono e afins não seria um final à Game of Thrones. Aliás, sempre achei que, por algum motivo, ela chegaria sempre muito perto do trono, mas não o ia conseguir (talvez por causa daquele episódio em que ela sonha com o trono, mas não lhe toca mesmo?). Acredito, isso sim, que a Daenerys é uma personagem muito complexa e bem construída e foi incrível poder ver a Emilia Clarke dar-lhe vida de uma forma tão impressionante.

    Quanto aos livros… só li o primeiro (por enquanto), mas o GRRM fez um post no blog dele em que termina meio a brincar meio a sério com a esperança de ter o “The Winds of Winter” pronto no Verão de 2020 (http://georgerrmartin.com/notablog/2019/05/21/thanks-new-zealand/), por isso espero que seja algo que aconteça!

  • Reply
    Krystel - Sou Nómada
    23/05/2019 at 4:41 PM

    Adorei o teu post e homenagem à série. Contudo, sou do “team” de que não gostou do final. Não ansiava no entanto a “vitória” da Daenerys nem do Jon Snow. Porque, aliás, a construção das personagens durante toda a série não levava para aí. Nem fiquei aborrecida por ter sido o Bran o rei. O que me aborreceu muito, não apenas no último episódio, mas em todo o resto da temporada, foi a completa destruição do carater das personagens que tinha vindo a ser construído durante toda a série.

    Como a Ana que também comentou aqui no teu post, esta temporada soou-me a “ah, isto vai acabar, vamos lá fazer isto a despachar”. Em menos de 4 episódios destruírem completamente o carater da Daenerys deixou-me chateada, apesar de não ser a maior fã dela. Percebo que haja história familiar, mas em apenas 3 episódios colocarem o aspeto genético acima de tudo o que foi crescendo e sendo construído durante tantas temporadas… não me fez sentido.

    Mas pronto, acabou, bola para a frente que há mais séries na calha 😀

    Abraço 🥰

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