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As maravilhas subterrâneas das grutas de Alvados e de Santo António

Ficou por falar desta parte incrível dos passeios de que vos falei no post de ontem. Isto porque achei que as grutas são tão lindas que mereciam um post só para elas. Se não viram o post de ontem, em resumo, quando fui a Minde com o meu namorado no fim de semana do nosso aniversário, quisemos ir visitar as grutas à volta, que ainda são bastantes. Fomos logo às maiores e mais conhecidas para começar; as Grutas de Mira de Aire. Porém, quando lá chegámos, deparámos-nos com uma fila gigante nas bilheteiras! Era Agosto, está certo, e são as mais conhecidas do país, mas decidimos logo que não valia a pena perder grande parte do dia ali à espera.
Então, passámos ao plano B, que é como quem diz, outras grutas mais pequenas e menos conhecidas ali perto.

A primeira foi logo a de Alvados, onde comprámos um bilhete que dava acesso a essas grutas e às de Santo António, que ficavam ainda um bocadinho longe (e a subir) das de Alvados, por isso, a seguir à primeira visita, fomos de carro até lá.

Não vos consigo dizer com 100% de certeza pelas fotos, qual é qual. Ou seja, não consigo a 100% distinguir as duas grutas. Já sabia que isto ia acontecer quando estava a fotografar, mas verificou-se. 😛 As que eu souber a que gruta pertence, indicarei nas legendas das fotos.

Estas Grutas de Alvados são mais pequeninas e estreitas do que as de Santo António, mas de uma beleza inegável.

Para além da sua beleza, aquilo em que reparei imediatamente foi na enorme descida de temperatura em relação ao exterior. As temperaturas nestas duas grutas oscilam entre os 16 e os 18º ao longo de todo o ano, o que significa que em dias de Inverno até pode parecer que está mais quente lá dentro. 😛 Neste dia, em particular, pareceu-me muito frio e húmido, mas com um ar notavelmente limpo e respirável.

Passando às Grutas de Santo António, a grande diferença e a mais notável em relação às de Alvados foi, sem dúvida, o tamanho e configuração do interior. Em vez de estreitos corredores e ocasionais galerias, demos de caras com uma espécie de salão monumental e aberto (sem corredores), que mais parecia um conjunto de cidades pequeninas, todas esculpidas em pedra. A vista do cimo da gruta, subindo as escadas, é de tirar a respiração.

Detalhes históricos sobre as Grutas de Alvados e de Santo António

“As Grutas de Alvados foram descobertas em 1964 e as Grutas de Santo António foram descobertas em 1955, mas apesar de surgirem tão perto uma da outra em pleno Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros e integrarem o maciço calcário da Estremadura, são de facto bastante diferentes entre si e têm características muito particulares que as distinguem uma da outra e por essa razão o público que as visita quase sempre escolhe o programa especial “visita conjunta” que abrange uma visita única e simultânea a ambas as grutas. Com mais de 50.000 anos, as Grutas de Alvados destacam-se pelos contínuos corredores que se abrem inesperadamente em pequenas salas desniveladas e vários lagos naturais, para além dos seus inúmeros túneis interrompidos por profundos “algares” característicos na região…, as Grutas de Santo António impressionam pela sua sala monumental percorrida por pequenos cursos de água e lagos naturais, com temperaturas entre os 16 e os 18 graus centígrados, totalmente recheada de “estalactites” e “estalagmites”, constituindo ambas as grutas uma extraordinária obra da natureza, que nos convida a mergulhar numa aventura e num imaginário natural cujas diferenças adultos e crianças tentarão desvendar.”

– Wikipedia

Grutas de Santo António

Ambas as visitas foram guiadas e compostas por um grupo pequeno, pois só deixam entrar aos grupos para assegurar a máxima segurança das pessoas e que a conservação das grutas se mantém intacta. De facto, estou muito orgulhosa de mim por ter evitado tocar em qualquer coisa, para além da água!

Foi-nos explicado como se formam estas formações (passo a redundância) rochosas dentro das grutas e qual o papel da água que cai do tecto na construção natural das mesmas. Ao tocarmos na água que cai do tecto e que forma pequenas gotas, estamos a retardar o crescimento de uma destas construções por mais 100 anos, assim nos disseram.

Mas factos à parte, o que retive destas duas visitas é o quão incrível é o poder da natureza. Eu já tinha visitado umas grutas, há muitos anos atrás numa visita de estudo da 4ª classe, mas era assim que me lembrava delas: mágicas e de uma beleza estonteante. Não sei se devia, mas por mais coisas que já tenha visto na vida, continuo a ficar chocada com a beleza da natureza e das suas criações. E as grutas são apenas um de muitos milhares de exemplos disso.

E vocês, já visitaram algumas grutas em Portugal? 🙂

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3 Comments

  • Reply
    Beatriz
    10/09/2016 at 12:21 PM

    Parece um sitio lindo para visitar (:

  • Reply
    Vânia
    10/09/2016 at 12:35 PM

    Em Portugal visitei as de Mira D’Aire quando era mais nova e já nem me lembro como foi. Já visitei no entanto, mais recentemente, as grutas de Aracena em Espanha e de facto estar debaixo de terra é bonito, percebe-se que muito se esconde por baixo dos nossos pés. Contudo, não me seduz a humidade, o escuro, o estar cada vez mais longe da luz natural… senti-me um bocado claustrofóbica.

  • Reply
    Maria
    10/09/2016 at 8:21 PM

    Eu se ainda não visitei todas as grutas das Serras de Aires e Candeeiros, devo estar lá próxima. Mas estas visitas também já foram há bastante tempo, ao ponto de eu nem me lembrar quais é que vi e quais são os seus nomes. Uma visita assim pela escola é que eu tinha agradecido, que as minhas sempre foram aborrecidas até dizer chega (e isto era quando as tinhamos). Pela temperatura dentro de qualquer gruta, eu por mim vivia dentro de uma durante todo o Verão. Nos dias de maior calor aquele fresquinho sabe sempre bem :p

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