personal
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Dia da Mulher: a luta (ainda) não acabou
O Dia da Mulher tem um significado especial para mim. Não preciso dele para me lembrar do quão importante é honrar as mulheres que abriram caminho para a nossa geração, mas gosto sempre de o assinalar. Não sei quanto a vocês, mas eu tenho sentido que, em certas esferas da minha vida, ainda me cobram justificações e ainda me são colocadas expectativas apenas e unicamente devido ao meu género. Nada mais. Contrariamente ao que esperei em tempos, sinto-me cada vez mais revoltada e que ainda é muito necessário enfrentar estereótipos, conceitos e conversas depreciativas relativamente a mulheres. E sim, por vezes até mesmo da parte de outras mulheres. Dou por…
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Criatividade e Bom Senso: um desabafo
Ao longo dos anos, não têm sido poucas as vezes que tenho escrito sobre Criatividade aqui no blog. Para mim, a Criatividade não é tão importante como respirar; é uma forma de respirar. Considero-me uma pessoa bastante criativa, mas não me acho especial por isso. Sou daquelas que acredita que todos temos potencial criativo, mas nem todos fomos (ou somos) incentivados a explorá-lo e isso dá-me pena. Neste momento, estou a experienciar algo que só posso descrever como excesso de fontes criativas. Imaginem um tanque de água ou um grande aquário (estilo Oceanário), que tem pequenos buraquinhos que começam a deixar sair água, colocando a estrutura de vidro em risco…
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Casa = Condomínio Sentimental
Tenho a certeza de que – mesmo sem me conhecer de lado nenhum – qualquer crente em signos identificaria com facilidade que este texto foi escrito por um nativo de Caranguejo. Quando era mais nova, recusava as características-base do meu signo. De acordo com a Astrologia, os nativos do meu signo procuram segurança, são muito ligados à família e ao lar.” Esta última parte soava-me tão estranha na altura… Agora sinto-a como uma parte indivisível do meu ser. Queria eu, do auge da minha arrogância juvenil, assumir-me como uma criatura que vivia ao sabor do vento, que pousava em qualquer pousio que lhe chamasse a atenção, capaz de deixar tudo…
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A arte de saber quando desistir
Saber quando desistir foi das coisas mais úteis que aprendi na vida. Não sei indicar com precisão em que momento rejeitei o mantra do “never give up”, mas sei que algures deixou de fazer sentido quando descobri finalmente como reconhecer quando não faz mais sentido continuar com algo, seja um projeto, um livro ou uma relação. “Never give up” – um mantra tóxico Puxando a referência de Gone Girl (que eu adoro), “a cool girl never gives up”. Será? Para mim, é exatamente o oposto: “Cool girl knows when to give up”. Este seria o meu novo mantra, se eu tivesse um. Que sentido faz arrastar algo indefinidamente quando sabemos…