Ninguém sabe o que raio é o mojo até o perder. Perder o mojo é deixarmos, lentamente, de nos reconhecermos no dia a dia. Deixarmos de fazer o que nos faz bem, sem mais nem menos, sem sabermos porquê. Esta é a breve história de como acabei de recuperar o meu.
Vamos assumir que, por mojo, estou a referir-me à inspiração.
Sei que não sou a única pessoa no mundo a quem isto aconteceu, nem de perto nem de longe. Aliás, nem foi bem perder o mojo, foi perder momentaneamente a vontade de agir; ideias nunca faltaram.
Às vezes não sentem que este mundo digital está sobrelotado e que, por mais que façam, há sempre alguém que faz mais e melhor e – pior – igual? Claro que o nosso cunho pessoal é o que nos distingue no nosso trabalho e nos torna únicos, sim, sim, sem dúvida, mas quando estamos em plena fase de desmotivação, isso nunca parece suficiente.
Então… como é que se sai deste ‘creative funk’?
Olhem, na verdade nem eu sei; a única coisa que sei é que, ao contrário da crença popular, a inspiração não é um sopro divino que vem e vai ao sabor do vento. Não é uma entidade mágica, amigos, é trabalho. Sim, fora do espectro Hollywoodesco, é trabalho, puro e duro.
Como é que se ultrapassa um bloqueio criativo?
A resposta curta é: não sei.
A resposta média é: não tenho uma fórmula para vocês; cada vez mais acredito que cada caso é um caso muito específico.
A reposta longa é (no meu caso concreto):
- Tirar um tempo de férias só para descansar, ler, ir aos sítios que nos fazem bem e nos fazem sentir nós próprios (vocês sabem do que falo, de certeza);
- Voltar a fazer algo que tínhamos deixado de fazer e que tão bem nos faz. No meu caso foi o ginásio/exercício. Não que eu seja grande desportista que precisa de treinar todos os dias, mas a verdade é que o exercício faz maravilhas por mim e não só a nível físico! Durmo melhor e tenho mais facilidade em “limpar” a mente também.
- Aquilo que eu chamo de “forçar a barra”. Forçar a barra é, para mim, persistir e continuar a trabalhar nas coisas que fazíamos com prazer, mas que agora estão meio paradas. Acredito mesmo que a inspiração não aparece no nada e que, a maior parte do tempo, o que é preciso é mesmo trabalho. Pôr as mãos na massa, portanto.
Isto parece pouco e pouco detalhado, mas a verdade é que é assim tão simples. De explicar, não de pôr em prática, não se enganem. Falar é mais fácil do que fazer, sem dúvida nenhuma, mas assim que coloquei estas coisas em prática, as rodas as minhas engrenagens criativas e metafóricas voltaram a funcionar. Pode dizer-se que estes passos foram o óleo de que as engrenagens precisavam para desbloquear.
“[…] I promise—you can make anything. So please calm down now and get back to work, okay? The treasures that are hidden inside you are hoping you will say yes.”
― Elizabeth Gilbert, Big Magic: Creative Living Beyond Fear
E com isto, vou ter novidades em breve! Ainda não as posso revelar já já, mas vocês sabem que o Joan of July é o meu sítio favorito para as partilhar. 😊
SAVE THE DATE: #SHEWORKS DE MAIO
Entretanto, vai haver um novo encontro #SheWorks este mês! Coloquem nas vossas agendas: 30 de Maio (Quinta-feira), das 19 às 21h00!
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