Lisboa está cheia de locais desconhecidos e misteriosos. Certamente que nunca viram o Paço do Lumiar em nenhum guia turístico e sinceramente a informação que encontro no Google sobre este local é escassa ou nula. Para ser sincera, nenhum dos meus amigos que sempre viveu em Lisboa sabe que factos históricos tiveram lugar no Paço do Lumiar, mas na semana passada (quando o Benfica jogou no Jamor) decidi pegar na máquina fotográfica e investigar mais de perto.
Lisbon is full of lesser known, mysterious places. You probably won’t see Paço do Lumiar on city guides and frankly theres little to almost no information about it on Google. Actually, none of my friends from Lisbon have expressed any sort of historical knowlodge regarding this place but I am determined to find out.
I found out about this place when me and my work team moved to another office in October 2013. A couple of weeks ago I decided to grab my camera and investigate this lovely location a little closer.
O próximo passo: visitar os dois museus do Paço do Lumiar: o Museu do Traje e o Museu do Teatro. Viram? Este lugar está cheio de História e Cultura! Merece bem uma visita. 🙂
Next step: visit the two museums located in Paço do Lumiar: The Costume Museum and the Theater Museum. Did you see? This place is full of History and Culture! It was worth the visit. 🙂
12 Comments
Ju
27/05/2014 at 9:25 PMSem dúvida que Lisboa está repleto de cantinhos que desconhecemos..esse é lindíssimo 🙂 *
joan of july
27/05/2014 at 9:52 PMPois está, Ju! Estou mortinha por descobrir mais. 😀 Obrigada*
Analog Girl
29/05/2014 at 8:38 AMPassei grande parte da minha infância no Paço do Lumiar. Essas fotos fazem-me viajar no tempo. Que saudades! (acho que apanhaste o meu antigo colégio numa das fotos).
Ando há anos para regressar ao Museu do Traje. 🙂
joan of july
29/05/2014 at 1:18 PMA sério? 😀 Ahhh já sei qual é o colégio então!
Eu só descobri o Paço do Lumiar há uns meses (como é que é possível?) e acho uma zona fascinante! Conheces alguma história do Paço do Lumiar? Daquelas de reis, condes e afins. Cheira-me que teve algum lugar na História de Portugal, mas posso estar errada. 🙂
Analog Girl
29/05/2014 at 2:08 PMAcredito que aqueles edifícios antigos têm muita história escondida, mas não me lembro de muita coisa.
Sei é que dentro do meu colégio haviam azulejos que contavam a história da vida de uma rapariga que viveu por aquelas bandas e é considerada a primeira “banda desenhada” que temos (recordo-me de ver um painel com ela a ser cortejada num jardim). E claro, em miúda inventei mil brincadeiras naqueles cenários. É lindo e estou cheia de saudades… 🙂
joan of july
29/05/2014 at 10:43 PMEssa história parece-me muito interessante! Eu sabia que havia qualquer coisa e aposto que ainda há mais. 😉
Susana
04/11/2015 at 9:25 PMhttps://www.facebook.com/Pa%C3%A7o-do-Lumiar-277138395687292/
Pode encontrar alguma informação adicional sobre o Paço do Lumiar na página do facebook criada por um habitante.
joan of july
04/11/2015 at 10:24 PMMuito obrigada pela partilha, Susana! 🙂
luís ramos
05/11/2015 at 10:01 PMa junta de freguesia do lumiar tem um livro à venda com informação do paço do lumiar
e outras quintas da zona.
sobre os reis, o irmão do rei D. Dinis abitou o palácio de fronte ao largo do paço, dai a coroa existente na fachada.
que acho, tinha ligações ao convento de odivelas.
Isabel Maria d'Silva Mendes
13/11/2015 at 4:04 PMEste é o meu Paço do Lumiar, lugar onde nasci e vivi. Deixo-lhe aqui um pouco da história do Paço do Lumiar!
Em 1312, D. Dinis efectuou a partilha dos bens do Conde de Barcelos, ficando para D. Afonso Sanches, seu filho bastardo e genro do Conde, uma quinta e casa de Campo no Lumiar, a que se passou a chamar Paços do Infante D. Afonso Sanches. No reinado de D. Afonso IV, esta residência nobre tomou a designação de Paço do Lumiar, que ainda hoje se mantém e constitui um importante núcleo histórico da freguesia.
No inicio do séc. XVIII, era definido o Lumiar, como “um sítio de nobres quintas, olivais e vinhas”, sendo os principais frutos da terra o vinho, trigo, cevada e o azeite.
Em meados do séc. XIX, realizavam-se no Lumiar três feiras anuais (Fevereiro, Junho e Agosto), todas muito concorridas, especialmente a de Santa Brígida, em que havia romaria e benção do gado.
De 1852 a 1886, esta freguesia esteve integrada no concelho dos Olivais, sendo finalmente incorporada no território da Cidade de Lisboa, em 18 de Julho de 1885.
Desde os princ¡pios do séc. XIX, que a população da freguesia tem tido progressivo aumento. Em 1903, Júlio Castilho, o pai da Olisipografia, morador no Lumiar, via a velha aldeia a transformar-se, escrevendo: “o nosso Lumiar, hoje cheio de palacetes e cortado de eléctricos, carruagens e automóveis, formou um bairro da Capital”.
HERÁLDICA
Ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo
Publicada no Diário da República n.º 97, de 19 de Maio de 2006, III Série
Brasão – De azul, polvilhado de archotes de prata acesos de vermelho e avivados de ouro, tendo brocante um bastão rematado em cruz, de ouro e posto em banda, onde está suspensa uma flâmula drapejante de prata com uma cruz simples de vermelho. Coroa mural de três torres de prata. Listel de prata, com a inscrição em maiúsculas, “FREGUESIA DO LUMIAR”.
Rui Santos
25/06/2016 at 5:37 PMLocal fantástico, único em Lisboa, passei a minha infância no Paço do Lumiar. Obrigado por estas fotos.
https://www.facebook.com/Paço-do-Lumiar-205774929602984/