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1 mês de Skadi e a integração com o Loki

Não sei se já tiveram que fazer a integração entre dois gatos, especificamente entre um gato adulto e um bebé. Nem sempre é fácil; na verdade, na minha experiência é algo difícil, desafiante e moroso. Deixem-me explicar-vos porquê e como é que fizemos desta vez para integrar o novo gatinho – a Skadi (conheçam a história dela neste post) – com o gato residente, o nosso Loki.

Antes desta vez, já tinha feito a integração três vezes no passado com outros gatos:

  1. a Yumi (meses) com o Páris (3 anos) –> 2006 (Porto)

    O Páris foi o meu primeiro gatinho, em casa da minha mãe, enorme, preto e lindo com manchinhas brancas na barriga. O meu primeiro amor felino que partiu cedo de mais por causa de uma doença nunca detectada nem explicada… A Yumi nasceu na quinta da minha família e perdeu a mãe (simplesmente desapareceu) quando ela ainda mamava. Teve que ser alimentada por biberão por uma amiga da minha tia que era criadora de gatos antes de ir para nossa casa (nossa = da minha mãe). O Páris não gostou dela quando se conheceram, mas eventualmente ficaram os melhores amigos. Era um amor como nunca tinha visto e dormiam quase sempre abraçadinhos.

  2. a Daisy (- de 2 meses) com a Yumi (3 anos) –> 2009 – Presente (Porto)

    Depois do Páris falecer a minha mãe disse que não queria mais nenhum gato (para além da Yumi, que já tinha). Mas eis que veio a Daisy, em 2009, também nascida na nossa quinta. A Yumi odiou-a. Nunca foram amigas, na verdade, mas toleram-se. No entanto, quando faz muito frio, acabam por dormir juntas (nunca abraçadas, atenção), porque são ambas “gajas” muito práticas.

  3. o Loki (- de 2 meses) com a Zelda (2 anos) –> 2012 (Lisboa)

    Já aqui em Lisboa, eu e o Pedro adoptámos a Zelda em 2010. Em 2012, já a viver juntos, adoptámos também o Loki. A Zelda odiou-o (sim, parecia que era incontornável o gato residente odiar o novo), mas – como já devem saber – ficaram amigos e o Loki sempre teve uma adoração incontestada pela irmã mais velha.

  4. a Skadi (- de 2 meses) com o Loki (5 anos) –> 2018 – Presente (Lisboa)

E aqui estamos nós, no presente em termos de cronologia de introdução de felinos em casa. Já vos falei da história da Zelda, como a perdemos, como sofremos com a sua perda e, depois, falei-vos da Skadi. O que ainda não vos contei foi como aconteceu esta introdução entre ela e o Loki.

A personalidade do “gato residente”

Ao contrário dos casos anteriores com os outros gatos, o Loki sempre teve uma personalidade muito dócil; nunca nos mordeu nem arranhou de propósito, nem quando lhe fazemos festas na barriguinha. O gato não tem um pingo de agressividade e nós conhecemo-lo melhor do que eu alguma vez conheci outro gato. Foi o gato que tive mais cedo e com o qual passei mais tempo, pois pouco tempo depois de o adoptarmos, em 2012, eu fiquei desempregada e passei imenso tempo com ele e a Zelda. Foi um ponto positivo do desemprego, tenho a dizer; passar manhãs com eles a ler na cama… era mel, confesso. Talvez por isso ele se tenha apegado imenso a mim.

Outro aspecto diferenciador do Loki em relação aos outros gatos é que ele nunca tinha estado sozinho. Quando o trouxemos para casa da associação de onde o trouxemos, ele já cá tinha a Zelda e na associação tinha outros irmãos e irmãs.

Quando a Zelda faleceu, por mais que não quiséssemos logo outro gato, pensámos nele; ele que estava claramente carente e que odiava estar sozinho. Não quisemos, por isso, esperar muito tempo até termos outros gatinho, até porque quanto mais tempo esperássemos, mais habituado ele ficaria a estar sozinho e menos disponível estaria para aceitar outro gato. Isto foi precisamente o que aconteceu com a Yumi e com a Daisy.
Depois do Páris falecer, passou-se praticamente um ano e só então levámos a Daisy para casa da minha mãe. Aí, já a Yumi estava habituada a ser “gata única” e lidou mal com a situação.

Não queríamos que isso acontecesse com o Loki, então adoptámos a Skadi três semanas depois da Zelda partir. E se o fizemos mais por ele do que por nós, rapidamente percebemos o bem que ela também nos tinha trazido.

As primeiras impressões

Assim que trouxemos a Skadi para casa, quisemos que o Loki a visse. Tínhamos que saber como é que ele reagiria. Suspeitávamos que ele ia reagir bem, mas queríamos ver.

Ele cheirou-a, ainda dentro da transportadora, e ela retribuiu. Deixámo-la sair no quarto onde reunimos as coisinhas todas dela e, mais tarde nesse primeiro dia, também a deixámos explorar a casa à vontade.

Aparentemente saindo à dona (esta que vos escreve), a Skadi pareceu adorar o escritório cá de casa. Aliás, foi aí que registei o primeiro confronto entre o Loki e a Skadi. Ele, coitado, só lá foi cheirá-la e tentar conhecê-la, completamente na paz, mas ela fez barulhos e bufou-lhe, minúscula como ela era. Ele – enorme em tamanho – ficou com medo e fugiu.

Os primeiros tempos e o tempo normal de habituação de dois gatos

Dizem que se deve fechar o gato novo num quarto só para ele em casa. O gato residente pode ir cheirá-lo à porta e devem comer, cada um de cada lado da porta fechada, ao mesmo tempo. O mesmo com a brincadeira, de forma a associarem experiências positivas com os cheiros um do outro.

Este processo dura cerca de duas ou mais semanas. Com os outros gatos foi assim, mas porque simplesmente se passavam quando viam o gato mais novo. Ficavam furiosos, com o gato novo e com os donos. Quando foi a habituação do Loki quando só tínhamos a Zelda foi assim. Ela fazia barulhos terríveis, como se quisesse matá-lo se o deixássemos sozinho com ela. Tínhamos que o deixar num quarto, sozinho, com as coisas dele todas quando íamos trabalhar, enquanto a Zelda tinha o resto da casa só para ela.

No caso do Loki e da Skadi foi totalmente diferente.

Como a menina chorava imenso e nos deixava o coração apertadinho, só aguentámos a logística do quarto fechado durante dois dias. No terceiro dia experimentámos deixá-los sozinhos e juntos pela casa. Já tínhamos visto como é que eles eram os dois connosco em casa, mas dessa vez ficaram sozinhos. Correu tudo muito bem e, à noite, o Loki já saltou para o meu colo como costumava fazer.

Nos primeiros dias ele andava desconfortável, sempre alerta e a evitar vir para muito perto dela. Ele é mesmo assim, mariquinhas e amoroso; continuava sem um pingo de agressividade, afinal, ele sempre adorou outros gatos.

Ao fim desse primeiro dia inteiro deles os dois sozinhos e juntos, respirámos de alívio. Ia correr tudo bem. Agora, só restava serem mesmo amigos.

Os primeiros mimos

Durante essa primeira semana do Loki e a da Skadi houve vários momentos fofinhos em que se lamberam um ao outro, mas só no sábado dessa semana é que os vi assim, finalmente, a dormir um ao lado do outro.

Foi nestes primeiros dias deles a dormirem assim que soubemos que ia ficar tudo bem. Iniciou-se uma nova era cá em casa com a chegada da Skadi. Se por um lado continuamos a morrer de saudades da Zelda, por outro não podemos deixar de sentir um amor enorme por esta criaturinha pequenina que se juntou a esta nossa pequena família e que parece que estava destinada a fazer parte dela. Parece que estávamos a precisar da sua energia destabilizadora (não se deixem enganar pelas fotos, ela é um furacão) para restabelecer a alegria lá em casa depois daquilo que nós os três passámos.

Tem sido tão giro ver a integração da Skadi, o amor que ela tem pelo Loki (e ele por ela) e a forma como a cada dia que passa gosta mais de nós, nos procura e nos devolve os mimos. Ela ainda é muito bebé e está a aprender todos os dias a ser mais como o “mano”. Toda a gente sabe que os irmãos mais novos imitam um bocadinho os mais velhos, não é verdade? Se assim continuar com estes dois, a Skadi não tem como não ser tão maravilhosa como o Loki. 🙂

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2 Comments

  • Reply
    Ana Paula Cardoso
    13/05/2018 at 9:48 PM

    Estou a adorar ler as novidades da Skadi! Achei muito graça ao Loki ficar com medo de uma criatura tão pequenina… E as fotos são tão amorosas ❤

    ​​Eléctrico 28:​​ Descobre o melhor que Lisboa tem para oferecer!

  • Reply
    10 anos de Loki - Joan of July
    13/04/2022 at 6:03 PM

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