Side jobs, side hustles, trabalhos alternativos, fontes de rendimento alternativas, chamem-lhes como quiserem. O significado continua a ser o mesmo: são trabalhos que arranjamos foram do nosso emprego “oficial”. Podem ser um emprego em part-time numa loja (por exemplo), trabalhos como freelancer noutras áreas ou mesmo trabalhos relacionados com a construção da nossa própria marca ou empresa, mas que só nos podemos dar ao luxo de fazer ainda com a segurança do nosso emprego por conta de outrem a full-time.
Qualquer que seja o caso, um side job permite-nos:
- ter uma ou mais fontes de rendimento alternativas;
- perseguir outras áreas e interesses;
- desenvolver outras capacidades e adquirir conhecimentos que dificilmente adquiriríamos no nosso emprego “normal” a desempenhar as tarefas que nos competem;
- arranjar experiência em áreas diferentes da nossa no caso de, mais tarde, querermos mudar de carreira para outra área e não termos experiência profissional tradicional para comprovar os nossos conhecimentos. Mais tarde conto-vos um caso bem sucedido neste aspecto e que vai, com certeza, inspirar-vos.
No meu caso, vou fazendo alguns trabalhos ao longo do ano, fora do meu emprego “normal” em Marketing e Comunicação, bem como trabalhando a marca Bloggers Camp, com tudo o que isso implica.
Estes foram os meus side-jobs deste ano (e o ano ainda não acabou, pelo que até podem surgir mais!):
Revisão de um livro
Não vos contei acerca deste trabalho porque nunca calhou, mas este post é perfeito para vos falar acerca desta experiência. Logo no início deste ano, tive a oportunidade de fazer um trabalho de revisão para um senhor que escreve muito sobre Castro Laboreiro (que visitei ontem pela primeira vez, coincidentemente).
O livro que revi tinha imensos factos históricos, censos, números e gráficos; era um trabalho exaustiva sobre Castro Laboreiro, um verdadeiro estudo. Confesso que este trabalho não foi nada fácil, pois até agora só tinha feito revisão e edição de livros de poemas ou de ficção. Para quem não sabe, fui revisora e paginadora freelancer para uma editora, mas mais para a frente falo-vos melhor dessa experiência. 🙂
Workshops
O ano começou também com os primeiros workshops do Bloggers Camp fora do encontro anual. Foi uma novidade de 2017 e que queremos manter nos próximos tempos. Adoramos dar workshops e não queremos ter que esperar até um único fim de semana por ano para poder ter uma desculpa para passarmos o nosso conhecimento em determinadas áreas.
Adorei esta experiência. Estejam atentos que o Bloggers Camp terá notícias em breve relativamente às próximas actividades e – quem sabe – workshops. 😉
Bloggers Camp
Aqui já me refiro ao Bloggers Camp, encontro e evento anual. Se quiserem, podem ler mais sobre o Bloggers Camp deste ano aqui, aqui e aqui.
Enquanto ‘side job‘ o Bloggers Camp tem sido óptimo para mim (para nós, na verdade) e tem trazido coisas incríveis com ele, coisas que vão muito para além de um rendimento extra (se bem que, claro, não deixe de ser muito útil).
Estou imensamente grata a este nosso projecto, acima de tudo, pelas pessoas que conheci nas três edições de Bloggers Camp.
Fotografia
Por esta altura, quem me segue sabe que faço sessões fotográficas de retrato (podem ver mais trabalhos meus aqui), mas este ano tem sido um ano bastante prolífero em trabalhos de fotografia. Sem querer dar demasiados detalhes, mas já revelando bastante… vou fotografar um casamento em breve. Há dois anos atrás nunca pensaria em tal coisa! Estou super entusiasmada com este trabalho e tenho feito imensa preparação. Espero poder mostrar-vos algumas fotos (com a permissão dos noivos) depois do casamento. 🙂
A fotografia de retrato é algo em que quero apostar cada vez mais. Quero aceitar mais trabalhos, treinar mais e tirar mais alguns workshops para nunca deixar de aprender e de me aperfeiçoar.
O livro – “Licenciei-me… e agora?”
Bem, tecnicamente ainda não facturei nada com o livro, pois ainda é cedo para fazer contas e apurar com a editora quantos exemplares já foram vendidos. Só vou saber daqui a muito tempo, mas considero que escrever o “Licenciei-me… e agora?” um ‘side job’ meu de 2017 e que pode bem ter sido um bom investimento no meu futuro, ou seja, poderá ser uma daquelas situações em que se colhe os frutos mais tarde. E por frutos refiro-me a lucros. Espero que sim, embora não tenha sido essa a minha motivação para o escrever. Mas quem é capaz de negar que o dinheiro faz falta e dá muito jeitinho, especialmente quando vem sob forma de recompensa por algo em que trabalhámos imenso e demos o nosso melhor.
A verdade é que, à conta de tanto(s) trabalho(s) por vezes tenho que lutar comigo mesma para assegurar um bom equilíbrio entre a minha vida profissional e a pessoal, mas no final… vale muito a pena. Não só os meus trabalhos extra me ajudam a sentir mais realizada em termos profissionais (afinal, ajudam-me a praticar outros conhecimentos que tenho e a adquirir novos), como me ajudam a sentir mais segura em termos financeiros.
E vocês? Têm algum side-job como tantos Millennials (e eu)? Se não, gostariam de ter? Em quê? 🙂
8 Comments
somebodyelsa
16/08/2017 at 12:07 PMQuando trabalhava a full-time como designer, a ilustração era o meu side job. Depois de decidir dar o salto e tentar viver da ilustração, perdi o meu side job. Estou muito mais feliz agora, claro, mas sentia falta de fazer algo diferente do que faço sempre.
O que acontece agora é que vivo de uma serie de side jobs em que trabalho todos os dias, mas todos relacionados com a minha “marca”. Exemplos: o canal de youtube, a loja online…
Palavra de Bailarina by Joana Duarte
16/08/2017 at 7:17 PMPercebo perfeitamente este conceito 🙂
Eu para além de ser professora de dança, sou também bailarina freelancer, tenho o meu livro infantil com o qual vou a vários locais fazer apresentações (e com o segundo para muito em breve), e no Verão trabalho também como monitora num campo de férias 🙂 Para além disso, e apesar de não ser um trabalho, tenho o meu “hobbie-que-levo-a-sério”… o blog! Tudo isto, por necessidade? Nem pensar, por gosto! E mais pudesse fazer, que faria 🙂 Identifico-me contigo (será que te posso tratar por tu?) neste sentido, a vontade de querer fazer mais e de me sentir realizada nas minhas várias áreas de interesse.
Admiro o vosso trabalho no Bloggers Camp, e fiquei muito triste por não conseguir ir a nenhuma das edições por estar a trabalhar ou por estar fora. Espero ter a felicidade de participar nos próximos eventos 🙂
Um beijinho,
Joana Duarte
Mariana Monteiro
17/08/2017 at 1:42 PMSou um bocadinho como tu. Também “preciso” de ter Side-Jobs, de aprender e alargar os meus conhecimentos com eles ou de simplesmente explorar áreas que de outra forma não me era permitido.
Ás vezes até pode parecer que nos consome o tempo “livre” todo, mas sim, compensa e muito no final! 🙂
Vânia Duarte
26/08/2017 at 8:45 PMtal como nunca falaste da revisão do livro antes eu também trabalho muito como freelancer em web design mas poucas pessoas sabem 🙂 acima de tudo sinto que acabo por ter uma liberdade diferente para criar com o freelance do que na agência e por isso é algo que prezo muito 🙂
Ana Comendinha
06/09/2017 at 1:17 PMEu não abdico dos meus side jobs, ou às vezes só mesmo side projects, não tanto pelo rendimento extra – que obviamente também valorizo – mas também pela possibilidade de ter novas experiências e adquirir novas capacidades.
Catarina Alves de Sousa
06/09/2017 at 2:46 PMComo eu te compreendo, Ana! Os nossos side-jobs também nos ajudam imenso a explorar outras vertentes, exercitar as nossas capacidades e adquirir novas competências. Acho mesmo muito saudável mantê-los. 🙂
O Fantasma de 2017 ou quando nos comparamos a nós mesmos na nossa época dourada - Joan of July
15/06/2019 at 2:05 PM[…] ‘Side-jobs’: benefícios e cinco que tive este ano […]
Pagos para escrever - Joan of July
29/07/2021 at 8:07 PM[…] me conhece há anos, sabe o quão apoiante sou da ideia de termos side-projects. Por vezes, aprendemos mais com eles do que em cursos ou mesmo em trabalhos por conta de outrém. […]