Andei a adiar um bocadinho este último post sobre a Suíça, porque simplesmente não me apetece fechar este capítulo e enquanto tenho sobre o que escrever, parece que a memória da viagem perdura durante mais tempo.
Mas o tempo certo chega para tudo na vida, não é verdade? E também estou mortinha por vos mostrar esta última parte da viagem pelos Alpes antes de voltarmos a Genebra (um dia antes de voarmos de volta para Lisboa).
Esta foi a minha parte favorita da viagem à Suíça. Já vão perceber porquê.
Mas antes disso, vamos lá ao início, ou seja, a como lá chegámos.
A viagem de teleférico…
Bem, antes disso, fizemos o já tínhamos feito antes das outras visitas e passeios: apanhámos o comboio em Interlaken, desta vez até Grindelwald (sítio lindo também!) e de Grindelwald apanhámos o teleférico para o First.
Já agora, o First é um cume de montanha nas encostas de Schwarzhorn, uma montanha dos Alpes Suíços no Oberland Bernês (região mais elevada do cantão de Berna).
Voltando ao teleférico, era basicamente a única forma de chegarmos ao First sem ser a pé a subir durante horas (ou de bicicleta, o que é ainda pior, especialmente em altitude com aquele ar rarefeito. Até me salta um pulmão só de pensar).
As reticências denotam o meu desconforto com estes cubículuzinhos que sobem e descem por montanhas e vales com pessoas lá dentro. Já vos falei do meu ataque de pânico em Jungfrau e no Harder Kulm? Pois, na subida de teleférico até ao topo da montanha aconteceu algo parecido. Simplesmente odeio estas invenções, lamento. Se dá jeito? Dá, mas até lá chegar sofro sempre.
Tissot Cliff Walk
No First há uma série de actividades radicais que se podem fazer, desde descer sei lá quantos metros de tirolesa, a descer a montanha em carta e ainda esquiar numa estação de ski lá perto. Como o tempo era pouco, nós optámos pela caminhada, até porque o que mais nos interessava era contemplar a vista de cortar a respiração.
O passeio começou aqui, no Tissot Cliff Walk, uma estrutura que permite que os comuns mortais, como nós, consigam olhar as montanhas (com algumas excepções) e os vales de cima ou ao mesmo nível. Há partes do percurso que podem causar alguma aflição a quem sofre de vertigens, pois só temos esta estrutura de metal para nos sustentar por cima de metros e metros de “nada” por baixo. Não obstante, é lindíssimo e vale mesmo a pena!
A caminhada até ao lago
Antes de embarcarmos nesta viagem, tínhamos ouvido falar de um lago muito bonito que se encontrava nas proximidades do First. Quando lá chegámos descobrimos num painel informativo que o lago ficava a duas horas de caminhada: uma hora para lá, outra de regresso ao First e ao teleférico de volta para Grindelwald.
Nós já tínhamos levado almoço nas mochilas, por isso o plano da caminhada foi imediatamente aceite por ambos.
A caminho do lago deu para esquecer o frio, o que é sempre bom. 🙂
O lago e as montanhas nevadas
Quando finalmente chegámos ao lago sentimos que a hora de caminhada compensou a 100%. Ainda andaríamos mais se o resultado final fosse esta beleza. Na verdade, não tínhamos visto fotos do lago Bachalpsee (é o nome dele) antes de lá chegarmos, pelo que não sabíamos à partida se ia ou não valer a pena. E – oh! – se valeu!
A cor da água é exactamente a mesma que vi por todos os recantos suíços por onde passeio, o que conjugada com a brancura da neve e o castanho das montanhas menos nevadas fica simplesmente lindo!
A caminhada até ao lago Bachalpsee é uma das melhores para apreciar e região montanhosa do Oberland Bernês. Para além do belíssimo lago, há glaciares, cumes de montanhas altíssimas, neve ou flores selvagens (na Primavera/Verão) para apreciar. É uma caminhada lindíssima e o ar é tão puro e limpo que é impossível acabarmos sem nos sentirmos revigorados por dentro.
Nem vos consigo quantificar a beleza deste sítio e nem as fotos lhe fazem justiça, apesar de terem saído muito bem, na minha (humilde) opinião. Algumas delas até são agora fotos de stock que eu ofereci ao site Pexels. 😛
Só consigo dizer-vos que, por mim, passaria horas a contemplar a infinidade das montanhas com os seus cumes brancos e gelados tão magnificamente espelhados nas águas límpidas do lago.
Esta foi, sem dúvida nenhuma, a minha parte favorita da viagem à Suíça e um momento incrivelmente especial que nunca esquecerei. De facto, este é mesmo o meu tipo de viagem; adoro contemplar arte nas cidades, ir a museus, a cafés, restaurantes com comida local… essas coisas todas. Mas nada bate – para mim – conhecer a natureza do país visitado.
E por falar em natureza dos países visitados, porque não aproveitam – agora que terminaram os meus relatos da viagem à Suíça – para irem espreitar as minhas viagens pela Irlanda e pela Escócia? 🙂
Quanto à Suíça, ainda podem ler (ou reler) os posts anteriores:
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