Não sei se já me segues há tempo suficiente para saber que já fui à Escócia em 2015 e que muito já escrevi aqui no blog sobre essa viagem (podes espreitar os textos e as fotos aqui), mas este ano voltei e foi como se fosse a primeira vez. Pelo menos, em termos de aprendizagens rendeu imenso! Vou partilhar contigo algumas coisas que aprendi nesta minha segunda viagem à Escócia.
O whisky não é mesmo para mim, mas…
… adorei a visita à Johnnie Walker Princes Street! Nunca teria ido lá por livre e espontânea contade, uma vez que detesto whisky, mas o meu namorado adora, então planeei um dia de atividades giras para celebrar o aniversário dele. Esta foi uma delas.
Para quem não gosta de whisky, existem opções de cocktails de sem álcool, por isso podes sempre acompanhar alguém que gosta mesmo que tu não. No meu caso, fui persuadida por uma guia apaixonada por esta bebida a desfrutar de uma visita clássica… Muito giro mesmo, mas continuo a não suportar whisky. No entato, aconselho a visita à Johnnie Walker Princes Street na mesma, porque vale a pena pela fusão de História, efeitos visuais e divertimento! Acredita, mesmo sem gostar da bebida, diverti-me imenso!
Uma nota engraçada: na primeira foto de cima, podes ver pulseiras de cores. Elas indicam o teu perfil de apreciador de whisky (ou potencial apreciador, pronto). Isto descobre-se através de um questionário online que a Johnnie Walker Princes Street envia quando realizamos a inscrição na visita. Como fiz surpresa ao meu namorado, tive que preencher o dele com base no que sei dos seus gostos. Deu a pulseira cor de rosa. Quando lá chegámos e a surpresa foi desvendada, ele próprio fez o questionário para ver se dava o mesmo perfil. E deu. 🙂
Tal como o whisky, o Haggis não é para toda a gente, mas…
… eu adoro. Não vale a pena pesquisarem o que raio é o Haggis, mas basicamente é um prato tradicional escocês feito de carne de ovelha ou carneiro e misturado com especiarias, cebola, aveia e caldo. Normalmente, vem com puré de batata, que é só uma das minhas coisas favoritas de sempre, portanto, sim, adoro esta iguaria escocesa e faço questão de a saborear em vários pubs de Edimburgo.
Os escoceses fazem do macabro uma atração turística (e eu adoro-os por isso)
Há cemitérios em todo o lado e todos os que vi eram super antigos. Não me refiro apenas a Edimburgo, mas a todas as cidades e vilas que visitei durante as minhas duas viagens. Edimburgo tem vários e tem os mais conhecidos (como o Greyfiars Kirkyard), mas adorei o que vi em Stirling e em Inverness. Para mim, este tipo de cemitérios está cheio de História – e está mesmo -, pelo que podemos saber muito das batalhas do passado e da cultura da época através daquilo que é escrito nas lápides e monumentos fúnebres.
Para além disso, fãs do Harry Potter poderão mesmo querer visitar o Greyfiars mesmo que não adorem cemitérios. Afinal, foi lá que a J.K. Rowling se inspirou para dar nome a algumas das suas personagens mais conhecidas. Vê as fotos deste meu post sobre este cemitério e vais perceber.
Ninguém te vai servir à mesa nos pubs
Ok, confesso que não sabia ou não me lembrava desta parte. Se fores à Escócia, não esperes sentado/a que te vão perguntar o que queres beber; vai diretamente ao balcão. Se for para comer, a mesma coisa (em muitos pubs, nem todos), mas depois levam-te a comida à mesa.
Por falar em Pubs, cada um tem a sua história
Se vais à Escócia de férias, vou assumir que não estás com pressa, por isso aconselho-te a ler a história dos pubs em Edimburgo (ou onde estiveres). Para além de super interessantes – e, por vezes macabras -, contribuem para a experiência em si. Não sei quanto a ti, mas eu adoro conhecer o lore por detrás dos sítios.
Mandam-te (literalmente) embora das lojas
Isto pode ou não traduzir-se num ligeirinho culture schock. O que quero dizer com “mandam-te embora” é que, ao contrário do que se faz em Portugal, os colaboradores das lojas não ficam a engonhar até que os clientes decidam abandonar. Não. Na Escócia, eles avisam-te que faltam 10 ou 15 minutos para fechar (a loja, bar ou restaurante) e, quando a hora chega e tu ainda lá estás, pedem-se mesmo para sair. Não acho nada mal e é uma forma de respeitar o horário dos trabalhadores!
O orgulho dos escoceses na sua História e Folklore é impressionante (e louvável)
Senti isto tanto na Escócia como na Irlanda. Sem fazer de propósito, acabei por visitar diversos locais e lojas que ainda hoje respeitam e partilham as lendas nas quais os seus nomes ou a sua própra fundação assentam. Há, por exemplo, diversas menções às Selkies e às Kelpies (como nestas esculturas) e isso, para mim, enriquece imenso a minha experiência enquanto visitante deste país cujas paisagens, História e Lendas tanto adoro.
Não precisas de uma manhã para ver a Dean Village
Ah sim. Ninguém me disse isto, porque só tinha visto a Dean Village em fotos no Instagram e não a vi da outra vez que estive na Escócia, mas é um sítio mesmo pequenino dentro de Edimburgo e não precisava de ter reservado um espaço equivalente a duas horas no itinerário que desenhei para a visitar. Ainda assim, é uma paragem obrigatória, porque a Dean Village é um sonho!
Já agora, algum contexto:
Dean Village é uma pitoresca área residencial em Edimburgo, a cerca de cinco minutos a pé da Princes Street e conhecida por sua arquitetura histórica e cenário idílico ao longo do rio Leith. O nome “Dean” vem da palavra escocesa “dene”, que significa “vale profundo”, e a área era originalmente um vilarejo separado fundado no século XII.
Durante séculos, Dean Village foi o centro da indústria de moagem de Edimburgo, com várias fábricas situadas ao longo do rio. Embora a maioria dessas fábricas tenha sido fechada ou convertida, a área ainda mantém muitos dos seus edifícios históricos e características arquitetónicas, incluindo moinhos de água antigos e casas de pedra.
Nas Highlands, rádio é para esquecer
Tal como da primeira vez, tinha um carro alugado para nos movimentarmos livremente pelas zonas que planeámos visitar, mas desta vez fiz questão de conhecer rádios locais, especialmente as que passam música celta. Ainda descobri umas três rádios, que não só passam este tipo de música, como ainda falam exclusivamente gaélico escocês. Não é que eu entenda, mas acho bonito e achei que contribuiria para a nossa experiência. Não estava errada, mas à medida que nos aproximavamos do coração das Highlands, menos rádios apanhávamos, até que tudo o que conseguimos apanhar foi – literalmente – radio silence.
Durante vários quilómetros não há rádio para ninguém, por isso levem o vosso Spotify com os downloads feitos!
A água da torneira é deliciosa
Sei que esta aprendizagem parece random, mas achei relevante, porque realmente poupa imenso dinheiro. Se vais andar a pé de um lado para o outro, especialmente a visitar cidades (Edimburgo, por exemplo, tem muito para ver e anda-se bem a pé para quase todo o lado), vais precisar de te hidratar, independentamente de estar frio ou não. Pois bem, compra UMA garrafa de água e enche-a sempre que precisares com a água da torneira, que sabe mesmo bem.
Eu sou uma nerd da água, por que sou esquisita e quase nunca gosto do sabor da água da torneira, portanto para estar a aconselhar a da Escócia, é porque vale a pena!
Bem, por agora, chegámos ao fim, mas ainda tenho muito para partilhar sobre esta minha segunda visita ao meu país de sonho. Até lá, podes ler os posts anteriores, se tiveres curiosidade. 🙂
Até já!
2 Comments
O melhor de 2023 - Joan of July
17/01/2024 at 1:09 PM[…] Esta viagem foi um autêntico sonho tornado realidade e teve tudo de bom. Ainda não consegui deixar aqui todos os registos que gostava de ter deixado desta viagem, mas aos pouquinhos vão começar a aparecer aqui posts novos. Até lá, deixei este “10 coisas que aprendi na minha segunda visita à Escócia“. […]
Eilean Donan, diretamente dos sonhos para a realidade - Joan of July
22/05/2024 at 8:36 PM[…] visita ao Eliean Donan durante a minha viagem de 2023 (ver aqui 10 coisas que aprendi na minha segunda visita à Escócia) foi parte de uma road trip pelas Highlands e foi uma viagem obrigatória no itinerário. Queria […]