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On losing friends and keeping the ones who matter

Lutei contra este período da vida adulta durante mais tempo do que aquele que gostaria de admitir. Refiro-me à perde de certas amizades. Não por ter acontecido algo dramático, mas porque crescemos, mudamos e fomos perdendo compatibilidade.
Fiz o luto por amizades que ficaram para trás, às vezes meia perdida, meia confusa, sem saber muito bem porquê ou o que aconteceu, mas agora que me permiti pensar sobre isso concordo que fez sentido a vida ter-nos levado por caminhos diferentes.
Lembro-me de, algures durante o meu 8º ano, tentar escrever os nomes de todos os meus amigos num tronco de madeira que encontrei na minha quinta e de não caberem lá todos. Era tão boa aquela inocência de não distinguir entre amigos, conhecidos, colegas e ex-colegas. Era igualmente bom não saber que o tronco nunca voltaria a estar tão cheio. Se soubesse isso na altura teria dramatizado. 
Mas agora sei que não é uma coisa má. Os amigos que tenho são os que quero e os que realmente fazem falta. São os que ficam mesmo quando a vida insiste em puxar-nos em direcções opostas. São os que ficam mesmo a milhares de quilómetros de distância. São os que não ignoram as nossas mensagens, mesmo quando tudo o que queremos saber é se estão bem.

Fico tão feliz quando consigo reatar amizades com pessoas que penso que já saíram da minha vida que nem chego a questionar porque saíram em primeiro lugar. Não sei, não quero saber. Tudo o que sei é que, se precisam de mim agora, eu estou aqui.

Às vezes penso em tudo aquilo de que gosto e admiro em cada um dos meus amigos e que, se pudesse juntar todas essas qualidades num único ser humano, essa pessoa seria inaceitavelmente perfeita. De uma forma tão irritante que fico aliviada por nenhum dos meus amigos as reunir todas em si ao mesmo tempo.

A verdade é que todos eles têm qualquer coisa que eu gostaria de ter e que admiro.

Gostava de ser aquela pessoa que diz o que pensa sem ter medo das consequências.
Gostava de ser aquela que vai atrás de tudo o que quer sem hesitar.
Gostava de ser aquele de quem toda a gente gosta incondicionalmente e ninguém leva a mal nunca.
Gostava de ser aqueles que se aperfeiçoam continuamente e continuam a adquirir competências invejáveis.
Gostava de ser aquela a quem qualquer trapinho ou corte de cabelo fica bem.
Gostava de ser aquela que fica bem em todas as fotos.
Gostava ser aquele que ilumina qualquer sala em que entra.

E sempre que estou com eles sinto que fico mais próxima destes objectivos, como se estar com eles me tornasse melhor. Acho que parte disso é o que define a amizade e só posso esperar que alguém pense em mim desta forma.

E depois há outras coisas que não consigo explicar, como por exemplo a necessidade de fotografar os meus amigos, especialmente quando não estão a contar. Não sei se é só deles ou se os amigos de todas as outras pessoas são assim, mas os meus ficam tão bem nas fotos quando não me pedem para as tirar. E eu adoro guardar bocadinhos deles e de momentos que passamos juntos. Faltam muitos outros amigos nestas fotos, mas se tudo correr bem ainda haverá muito tempo para corrigir essa falha. 🙂

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5 Comments

  • Reply
    Lúcia
    24/03/2014 at 12:09 AM

    Os afetos são mesmo o melhor da vida. 🙂
    Os amigos são inspiradores, fazem-nos querer ser pessoas melhores, e isso não pode ser mau, não é?

  • Reply
    Catarina Sousa
    24/03/2014 at 11:17 AM

    Não, nunca! É do melhor que há. :)*

  • Reply
    Cat's
    02/04/2014 at 1:48 AM

    Awww…adorei este post! E o novo look do blogue… E não podia concordar mais…na amizade o que vale é a qualidade, e não a quantidade.. :)*

  • Reply
    joan of july
    02/04/2014 at 10:04 AM

    Obrigada, Cat. É mesmo isso: qualidade > quantidade.
    Fico muito contente que tenhas gostado do novo look e espero ver-te cá mais vezes! :D*

  • Reply
    Os meus amigos: a grande manta de retalhos - Joan of July
    16/07/2019 at 12:23 PM

    […] On losing friends and keeping the ones who matter […]

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