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Outono: a estação que perdi

Esta semana, ao contrário de todas as anteriores (a contar depois do meu acidente) tem passado a correr. De uma forma positiva. Houve um dia, durante esta semana, em que dei por mim sentada à varanda com a porta aberta. Queria sentir o ar frio deste final de Outono.

Agora, neste início de Dezembro, apercebo-me que sim, o Inverno está a chegar, como diz a máxima da Casa Stark, mas também que perdi todo o Outono, uma das minhas estações favoritas do ano.

Eu e o Outono partilhamos uma nostalgia característica e gosto bastante daquele limbo entre o Verão e o Inverno. É o meio confortável.
Mas como o acidente ocorreu a 11 de Outubro, passei a estação praticamente toda dentro de portas. Quando aconteceu, ainda andávamos de t-shirt e agora já não passamos sem camisolas nem casacos quentinhos.

Bem sei que exalto frequentemente as maravilhas do Verão, mas com esta clausura forçada dou por mim a ansiar pelo bafo gélido do Inverno; cada pequeno toque gelado dos seus dedos invernais me lembram o quão maravilhoso é estar vivo e viver a Natureza de cada estação.

Da última vez que estive sozinha na Natureza foi no domingo do último fim de semana de Setembro, no Jardim Botânico do Monteiro-Mor, onde me deixei encantar pela beleza dos primeiros sinais claros da chegada do Outono. Mal sonhava que não iria conseguir vivê-lo em pleno, como gostaria.

Neste momento em que, como costumo dizer, já vejo uma luz ao fundo do túnel desta recuperação, só penso em juntar-me à paisagem urbana que vejo da minha janela, com os seus ritmos acelerados, os seus transportes de horários imprevisíveis e a amálgama populacional com a sua míriade de casacos, cachecóis e gorros. Andar de braço dado com alguém enquanto nuvens de vapor se formam no ar à medida que falamos. Ver as decorações de Natal nas ruas.

Coisas pelas quais desejo e me dão alento para continuar esta recuperação. 🙂

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