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10 anos de Loki

O 10º aniversário do Loki já foi no dia 2 de Abril, mas ainda não o tinha assinalado aqui. Não vos consigo explicar o quão importante é esta meta para mim. São 10 anos do meu companheiro, do meu gatinho bebé, do melhor gato do mundo, o mais fofo, curioso, amoroso, caçador e gordinho. São 10 anos de vida em comum com este ser de luz e de sol (e que, literalmente, AMA o sol).

Adotei o Loki em 2012, quando ele era apenas um ratinho amarelinho e branco, que não se sabia bem se era menino ou menina. Eu sempre soube que era menino. Não sei se vos contei, mas o Loki é de Torres Vedras, uma cidade que só este ano tenho vindo a explorar e pela qual comecei a sentir um grande carinho (e um certo fascínio).

Quando olho o meu gatinho, não consigo não sentir o coração cheio de amor. Ao mesmo tempo, lembro-me de tudo o que aconteceu e mudou na minha vida em 10 anos. Tanta coisa. E ele esteve sempre lá. Vivemos muitas coisas, mudámos várias vezes de casa (e ainda vamos mudar – pelo menos – mais uma vez) e em tanta coisa que muda, ele é uma constante na minha vida. Só de pensar que era quase uma miúda quando o tive… tão verdinha, a saber tão pouco da vida e do quanto ela custa. E do quão incrível e prazerosa pode ser também, especialmente após grandes mudanças.

Juntos, já morámos em cinco casas (em breve, seis!). E eu que achava (quando era mais nova), que não iria mudar de casa muitas vezes na vida.

Eu e o Loki já vivemos muitas peripécias juntos. O Loki teve uma irmã adotiva mais velha, a minha linda Zelda, que nos deixou em 2018. Eles gostavam muito um do outro e dormiam juntinhos. O Loki adorava pôr a patinha em volta dela enquanto ambos dormiam. Coisas mais queridas de sempre.

Depois veio a Skadi, em 2018, e o Loki passou a ser o irmão mais velho.

Já em 2020, fomos morar com o amor humano da dona. A dona ainda viveu uns meses sozinha (com o Loki e com a Skadi) num apartamento e, mais para o fim desse ano, mudámos todos para a casa onde estamos agora, juntamente com mais dois gatinhos (os do meu namorado). De dois gatos, passei a ter quatro e tem sido uma animação constante.

Perdemos o Meo, o nosso mais velhinho no final de Fevereiro deste ano, então agora são “só” três: o Loki (10 anos), o Rufus (7 anos) e a Skadi (4 anos).

A casa onde moramos tem um pequeno jardim, com plantas, terra e bichinhos que os gatos gostam de caçar. Tem também um terraço num piso superior e exterior, onde eles gostam de estar a observar a vizinhança, mas nenhum deles é tão fã deste lugar da casa como o Loki. O meu gatinho de sol ama estar a apanhar banhos do nosso astro-rei em variadíssimas posições: de lado, de barriga para cima, para o outro lado… enquanto isso, faz intervalos a mostrar aos outros gatos da vizinhança quem manda aqui, numa tentativa de proteger a casa e os irmãos de possíveis intrusos.

Tem sido tão bonito ver a transformação do estilo de vida destes gatos, outrora gatos de apartamento, para gatos de vivenda, que saem de casa para o ar livre várias vezes por dia e em todas as estações.

Dou por mim a olhar para eles todos e a pensar que, nesta vida, só conheceram amor. Quão privilegiados. E nem sabem!

Os animais são tão maravilhosos… é incrível como, mesmo sem falar, conseguem confortar-nos e alegrar-nos quando mais precisamos. E mesmo quando tudo está bem, eles tornam tudo ainda melhor. São pura magia. Ele é pura magia e nunca vou esquecer de que, por mais coisas más que tenham acontecido, ele sempre ajudou a que fossem sempre um bocadinho melhores.