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Dublin e as primeiras impressões da capital da República da Irlanda

Cada vez tenho mais a certeza de que as viagens são como as relações. Neste caso, que as cidades são como os namorados; não se devem comparar as que visitamos pela primeira vez com aquelas que já visitámos e que nos marcaram profundamente. Simplesmente não é justo.
Desculpa Dublin, se aterrei em ti a pensar em Edimburgo. My bad.

A verdade é que Dublin não foi amor à primeira vista.

Mal saímos do aeroporto, apanhamos um autocarro que nos ia levar para perto de onde ficaríamos alojados. O lugar em si não era espectacular. Era estranho e numa espécie de cave, com uma casa de banho construída de forma “diferente” com azulejos mal colocados. Mas isso não importava. Era limpo e estava quente, ao contrário do exterior.

Como chegámos a Dublin relativamente cedo, ainda tínhamos tempo de ir passear. Não tempo suficiente para ir a monumentos, uma vez que tudo lá chega cedíssimo (tipo cinco da tarde), mas os passeios pelas ruas bonitas ninguém nos ia tirar!

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Excepto a chuva. A imensa chuva que caía naquele dia, fria e impiedosa. A sorte é que, quando estou de férias noutro país, tenho alguma facilidade em ignorar a coisa por estar distraída a ver coisas bonitas e a fotografar. E assim foi durante algum tempo, mas nesta altura do ano, na Irlanda, fica de noite (mas noite mesmo) por volta das 16h30 e, consequentemente, ainda mais frio.

Já um bocado molhados e com frio, algures entre às 17h e as 18h entrámos num pub, onde acabámos por ficar a jantar.
A seguir, fomos ao Tesco comprar uns snacks e uns chás e voltámos à nossa casinha estranha, mas muito quentinha. Que maravilha é chegar a uma casa/quarto tão quente como aquele depois de percorrermos ruas e ruas numa cidade tão fria quanto Dublin.

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O dia seguinte foi bem melhor. Tínhamos o dia todo por nossa conta para visitar o que quiséssemos, de preferência o máximo de coisas possível da nossa bucket list para Dublin, já que no dia a seguir iriamos para Killarney.
Mas sobre as coisas bonitas que vimos em Dublin falo-vos (e mostro-vos) noutro(s) post(s), ok? 🙂

Voltando às primeiras impressões de Dublin já a contar com o nosso segundo dia na cidade, vou resumir a opinião com que fiquei e que ainda mantenho: preferia morar em Dublin do que ser turista em Dublin.
Para turistas não é espectacular em termos de preços, por exemplo. Paga-se para entrar em quase todo o lado e não é pouco!
Agora, se eu morasse em Dublin, ui… acho que ia ser bem feliz!

Ruas planas e bicicletas

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Oh, o que eu adorava viver numa cidade assim e ir de bicicleta para todo o lado! Em Dublin é tão engraçado ver que, apesar de não ter muitas ciclovias (que eu tenha visto), os ciclistas e os condutores se entendem perfeitamente no meio do trânsito. Alguns ciclistas (vá, muitos que vi) nem capacete usavam e andam tranquilíssimos na sua vida com a bicicleta como meio de transporte no meio daquele caos de veículos. E lá funciona para eles.
Lisboa é linda com as suas sete colinas, mas as estradas a direito davam tanto jeitinho para poder ir de bicicleta para todo o lado. 😛

As lojas e as casas

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Há uma preocupação adorável em ter as fachadas das lojas bonitas, mantendo até o seu aspecto antigo. Gostava que tivéssemos mais disso cá.
E as portas das casas? Coisa mais linda! As portas de Dublin são, no seu conjunto, um ex-líbris da cidade. As casas de tijolo vermelho com portas super coloridas e bonitas estão por todo o lado e dão um ar amoroso e super arranjadinho às ruas.

A “cool vibe” de Dublin

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A coolness é real em Dublin. Não sei apontar exactamente o que a torna tão cool, mas que o é, é. Não sei se são os próprios irlandeses, se a recordação da sua História rica e memorável, se os inúmeros eventos de que Dublin é palco (queria tanto ter ido ao The Hive este ano!), ou mesmo os bairros dedicados às artes, à literatura e ao proeminente movimento de design irlandês.

Os pubs

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Ah, sim, os pubs. Cliché, mas tão bons. É raro encontrar um mau pub. Digo eu, que não encontrei nenhum, mas também não vivo em Dublin. Eheheh.
Sei que não sabem isto sobre mim, mas detesto cerveja no seu estado “normal”. Só bebo se for com frutos vermelhos e essas mariquices. Ah, e whiskey então, esqueçam. Então porque raio gosto eu de pubs? Pelo ambiente, pelo calor (literalmente), pela variedade de bebidas e pela facilidade encontrar a minha favorita: ginger beer!

Gosto muito da “cultura de pub” em que o pessoal sai do trabalho e vai beber uns copos com os amigos e/ou colegas de trabalho ao pub, em vez de ir logo para casa. Por outro lado, nestes países tudo resto que não pubs fecha demasiado cedo para o meu gosto.

A “língua irlandesa”

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O irlandês, gaélico, também conhecido como gaélico irlandês, era o idioma nativo da ilha da Irlanda até à invasão de Inglaterra na Idade Média. Se não sabem grande coisa sobre os grandes conflitos entre irlandeses e ingleses (entre quase todos os países e Inglaterra), os irlandeses odiavam os ingleses (os escoceses também os odiavam btw) e quando a República da Irlanda (previamente chamado Estado Livre Irlandês) obteve a sua independência do Reino Unido em 1922, o irlandês passou a ser, juntamente com o inglês, a língua oficial da República da Irlanda.
Hoje em dia, todos os sinais, informações na rua, autocarros, museus, etc. estão escritos nas duas línguas. O irlandês ou gaélico irlandês é também falado na televisão irlandesa.

Eu acho isto absolutamente maravilhoso e vejo-o como mais uma demonstração do orgulho irlandês e em especial – pelo menos 1922 – como um pirete aos ingleses, que durante a ocupação trataram (alegadamente) os irlandeses como escumalha, sem qualquer respeito pela sua língua e tradições.

Na Escócia também existe a língua gaélica (gaélico escocês), que foram supostamente os Celtas da Irlanda a levar para o país quando se instalar na costa ocidental no séc. V. Porém, não é tão forte o seu uso nos dias de hoje como (ainda) é na Irlanda.

O elogio aos artistas

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O que quero dizer com “elogio aos artistas” é o facto de se sentir o orgulho e o apreço que têm aos seus músicos e, em especial, aos seus escritores. A Irlanda é prolífera em escritores ilustres como William Butler Yeats, Oscar Wilde, James Joyce e muitos outros. Em Dublin existe até o Writer’s Museum, ao qual eu – infelizmente – não consegui ir. Mas o amor pelos seus escritores está também presente nas inúmeras (e lindíssimas) livrarias um pouco por toda a cidade. Achei especialmente piada a esta porque tinha uma citação de Oscar Wilde no vidro. 🙂
No Rock ‘n’ Roll Museum (na foto) destacam músicos do rock irlandês. Este tipo de orgulho positivo é simplesmente maravilhoso.

Os transportes

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Adorei andar de autocarro em Dublin! Surpreendeu-me a frequência entre veículos e o facto de existirem painéis electrónicos (isto tem um nome “oficial”?) a informar acerca do tempo de espera de cada autocarro da paragem em questão. E escusam de dizer que em Lisboa e no Porto também existem, porque todos sabemos que não existem em TODAS as paragens, certo? Bem, é que em Dublin eu vi mesmo em todas as paragens de autocarro.

Outra surpresa que tive foi a Uber. Eu já tinha a app no telemóvel porque uso-a muito cá (menos do que a da Cabify, mas ainda assim uso bastante) e então foi só abri-la e usá-la para chamar um Uber. Pequeno problema: a app não mostra a estimativa da tarifa. Isto aborrece-me um bocado. Mas enfim, estava de férias. E qual não é o meu espanto quando o meu Uber é um Táxi? Ah, pois, em Dublin, existe uma coisa híbrida chamada Uber-Táxi e que, não tendo tido motivos de queixa, não tem uma apresentação tão cuidada e, por vezes, meticulosa que vejo cá em Portugal.

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E pronto, foi esta a minha primeira impressão da capital da República da Irlanda. Não sei porquê, mas estava à espera de me apaixonar como me apaixonei por Edimburgo, mas aprendi a gostar de Dublin à minha maneira. São cidades muito diferentes, com um feeling também ele muito diferente também. Edimburgo ama-se à primeira vista (no meu caso), Dublin aprende-se a amar.

E neste momento que vos escrevo, posso dizer-vos com toda a sinceridade do mundo que, apenas duas semanas após o meu regresso, já tenho muitas saudades de Dublin. E sim, vou voltar. Ficaram muitas coisas por ver e sei que há tours que partem de Dublin para ver as principais atracções naturais na República da Irlanda e mesmo da Irlanda do Norte (no caso da Giant’s Causeway). Espero também regressar a Dublin – mesmo à cidade – para um qualquer evento daqueles mega inspiradores que me fariam entrar num avião rumo a Dublin num ápice (hing The Hive hint).

E vocês, já foram a Dublin? O que acharam desta cidade? 🙂

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10 Comments

  • Reply
    Joana Sousa
    25/11/2016 at 12:37 PM

    Que belas fotos! Aquela primeira da bicicleta está mesmo gira e é tão “real”, não sei :p e as ruas parecem lindaaaas! Eu tenho muita curiosidade com Dublin, talvez mesmo pelo lado cultural que falas. Acho que o picanço entre irlandeses e ingleses e todo o ambiente artístico que brota de lá são fascinantes!

    Jiji

  • Reply
    Inês
    25/11/2016 at 2:04 PM

    Ai essas livrarias… Confesso que é a primeira coisa que me vem à cabeça quando penso em Dublin 🙂

  • Reply
    Bruna Bila
    25/11/2016 at 5:39 PM

    Tenho uma visão super bonita de Dublin – e estas tuas fotografias só alimentam este gosto. Espero um dia ir lá dar um saltinho.

    Beijinho, querida 🙂 *

  • Reply
    Raquel
    25/11/2016 at 7:30 PM

    Irlanda é um dos meus destinos de sonho e tu ainda o alimentaste mais, quero muito ir! E a Escócia também! Adorei as fotografias ?

    • Reply
      joan of july
      30/11/2016 at 8:58 PM

      Ohh obrigada Raquel!! 😀 E espero que os próximos posts da Irlanda te sejam úteis de alguma forma e que te dêem ainda mais vontade de ir! Acredita que vim de lá mais rica (figurativamente, if you know what I mean). Ahahah

  • Reply
    Liliana Branco
    28/11/2016 at 11:04 AM

    Olá !!
    Tive em Dublin há uma semana, 3 dias lá e 3 dias em Edimburgo … E ainda bem que fiz nesta ordem, mal cheguei a Edimburgo, esqueci Dublin, Edimburgo é apaixonante sim ! … Em Dublin, não sei se foste, mas o melhor para mim foi a Guiness Storehouse, o Little Museum, o St Stephens gardens e as pontes =)

    Beijinho

    • Reply
      joan of july
      30/11/2016 at 8:57 PM

      Olá Liliana!
      Não cheguei ir à Guiness Storehouse porque nem eu nem o meu namorado somos muito fãs de cerveja, mas toda a gente diz que é espectacular!

      Oh sim, ainda bem que foste a Edimburgo em último lugar, apesar de Dublin ser encantadora à sua maneira. 😀

      Beijinhos*

  • Reply
    Catarina Gralha
    01/12/2016 at 2:42 PM

    (Ainda) não fui a nenhuma das cidades, mas quando for logo vejo se tenho a mesma opinião que tu. De facto, não é justo comparar cidades novas com outras que já vimos, embora seja um pouco inevitável, não é? Adorei as tuas fotografias, e fiquei com imensa curiosidade em relação à cidade. Gosto desses sítios onde se pode andar de bicicleta sem temer a colina que está ali à frente 😀

  • Reply
    Salomé
    03/12/2016 at 2:33 PM

    Já tinha ficado encantada com as tuas fotografias no instagram, acho que agora fiquei ainda mais e cheia de vontade de ir até lá *-*

  • Reply
    Dublin em menos de 48 horas
    12/05/2022 at 11:24 AM

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