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O meu top 7 de erros que cometi nos meus pequenos negócios

Sei que pode parecer que estou sempre a inventar 1001 projectos para me dedicar, mas a verdade é que costumam tratar-se de pequenas e fugazes aventuras, excepto no caso da NatusPurus.

Se acompanham o Facebook do blog, saberão que no fim de semana passado fui ao Festival Reverence Valada (ainda tenho que falar sobre ele!) e foi precisamente aí que nasceu uma nova ideia nesta cabecinha e é algo em que tenho trabalhado durante toda esta semana.

Quero mesmo materializar esta ideia e já estou a dar os primeiros passos, mas antes de tudo dei por mim a pensar em erros que cometi no passado com a NatusPurus. E ainda bem que assim foi. Que outra maneira há de aprender estas lições de vida e não repetir os mesmos erros? Mas que erros foram esses?

1. Não definir metas com o parceiro/sócio

Este é um dos maiores e piores erros que podem cometer. Pode parecer óbvio, mas no início é fácil acharmos que, se embarcamos com alguém numa aventura empreendedora, essa pessoa partilha exactamente a nossa visão e objectivos. Perdemos-nos facilmente no entusiasmo dos novos desafios que se avizinham e esquecemos o mais importante.

Se quisermos muito tornar o nosso pequeno negócio na nossa principal actividade a full time um dia, não significa que a outra pessoa pensa o mesmo. Se calhar até prefere que o vosso pequeno negócio continue a ser isso mesmo, um hobby.

Lição: estabelecer metas com o parceiro ou sócio logo desde o início.

2. Não ter um plano de negócio

Isto está relacionado com o tópico acima. Um hobby não tem que ter um plano de negócio, mas um negócio tem. Se estão a considerar passar este passo à frente na criação do vosso pequeno negócio, conheçam as 15 razões pelas quais precisam de um plano de negócio aqui (http://www.entrepreneur.com/article/83818).

Lição: Dependendo do objectivo comum definido na sequência do ponto 1, fazer um plano de negócio!

3. Não dividir o trabalho e as responsabilidades

Se são como eu, tentam sempre poupar a outra pessoa e evitamos passar-lhe muito trabalho. Não necessariamente porque a pessoa em questão anda muito ocupada ou cansada, mas porque faz parte da nossa personalidade de mártir. Não façam isso. O trabalho deve sempre ser dividido, e as tarefas também.

Por exemplo, não faz sentido nenhum num negócio que conta com uma equipa de apenas duas pessoas, ambas fazerem exactamente a mesma tarefa. A não ser que o volume de encomendas se justifique, não seria melhor uma pessoa dedicar-se à produção e outra ao marketing e comunicação, por exemplo? Eu acho que sim. Lesson learned.

Lição: distribuir trabalho, evitar fazer a mesma tarefa do outro parceiro a não ser que haja encomendas em grande volume e sejam realmente precisas mais mãos.

4. Subestimar o poder do Marketing e não escoar o produto

É um erro crasso produzir em grande quantidade quando não há encomendas em vista para escoar o produto. Quando o assunto é produtos perecíveis, menos é mais; não vão querer que se estraguem, pois não? Produtos estragados = perda de dinheiro.

Então o que podem fazer para vender o que têm para que possam então criar novos produtos? Apostar no Marketing, claro! 🙂 Quando digo “apostar” não quero incentivar necessariamente a que gastem dinheiro com isso, mas tempo vão sempre ter que investir. E, acreditem, vale a pena.

Lição: não fazer produto a mais, principalmente quando se trata de perecíveis. Preencher o tempo que passariam a produzir desnecessariamente a dedicarem-se ao Marketing.

5. Não cobrar o suficiente

Quer tenham um negócio direccionado aos consumidores (B2C – Business to Consumer) ou a outras empresas (B2B – Business to Business), os vossos preços devem contemplar: preço da matéria-prima, mão-de-obra, tempo dispendido e, já agora – e muito importante – lucro. Se esquecerem o lucro, bem podem esquecer o negócio, pois não o têm. Preços que cobrem apenas o material ou portes de envio, equivale basicamente ao “trabalhar para aquecer”.

Lição: se os vossos preços não contemplarem uma margem de lucro, estão a “trabalhar para aquecer”.

6. Não ter as finanças em ordem desde o 1º dia e sincronizadas com o parceiro/sócio

Um erro grave, mas facilmente evitável. Imaginem que vocês e a outra pessoa com que iniciaram o vosso negócio vivem longe uma da outra e que, por isso, gerem as coisas à distância e fazem vendas dos vossos produtos em separado (em feiras de artesanato, por exemplo, ou a amigos). Esse dinheiro tem que ser comunicado ao outro parceiro, caso contrário nunca terão uma noção perfeita dos vossos lucros (ou prejuízos).

Lição: comunicar SEMPRE entradas e saídas de dinheiro ao parceiro que possam não aparecer no extracto bancário. Tenho receio de me tornar repetitiva, mas usem um software de finanças com uma mesma licença para terem os dados partilhados entre ambos. Já sabem qual é a minha recomendação. 🙂

7. Não fazer pontos de situação regulares

Ou seja, o típico “deixar as coisas andar”. É necessário, de vez em quando, que os sócios ou pareceiros se sentem com o único objectivo de falar sobre o seu negócio. Falem do que está a acontecer: do que precisam, o que está a correr melhor, pior, ou que podem melhorar, se estão ambos a atingir os objectivos e expectativas que tinham inicialmente, etc.

Lição: encontrem-se regularmente para fazer um ponto de situação e abordar temas pertinentes sobre o vosso negócio.

E cá estão eles; os erros que eu cometi enquanto novata amadoríssima e que não vou repetir (agora que já sou mega experiente, claro, ahahah) na minha próxima aventura da qual ando louca para vos falar.

E os vossos erros? Contem-me tudo e vamos ajudar outros empreendedores!

Agora digam-me vocês que têm hobbys ou até pequenos negócios (mesmo só no Facebook): de que erros é que se acusam? Cometeram alguns destes ou outros que não estão na lista? Partilhem e ajudem outros futuros empreendedores a começar algo da melhor maneira. 🙂

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3 Comments

  • Reply
    RITA
    25/07/2017 at 9:47 AM

    Acho que falaste de erros muitos importantes a ter em conta, parabéns! Principalmente o 2 é algo que tenho encontrado diariamente. Eu tenho a minha visão e dedicação e nem toda a gente pode ter a mesma dedicação ou persistência que eu tenho, e isso faz-me sentir estranha, porque ou sou eu que sou maluca ou as pessoas não querem tanto como eu quero – a verdade está sempre no meio.
    Acho que um outro erro que as pessoas cometem é achar que os resultados aparecem do dia para a noite. Se estamos 3 anos na faculdade até ter um diploma, porque é que achamos que em 3 meses vamos ter um bom negócio? Há que perceber que todo o negócio tem uma BASE ESTRUTURAL que permite depois escalar o negócio. Só há internacionalização, convites para eventos, grande consumo se houver uma base que permita produzir e escoar o produto de uma forma eficaz e de baixo custo. Se não houvesse uma estrutura monumental de códigos e programação, será que existia facebook como hoje? Há sempre programadores base a construir a plataforma social que acedemos num segundo. As pessoas devem perceber que o importante é construir uma base e pô-la a funcionar de uma maneira eficaz, e depois de essa base estar montada, então depois adicionar componentes ao negócio. De nada vale colocar a carroça à frente dos bois, porque não é sustentável 🙂

  • Reply
    Joana Sousa
    25/07/2017 at 9:51 AM

    1, 2 e 4, sem dúvida. A Coolares era por minha conta e era um hobby, e foi bom enquanto durou, mas provavelmente o 4 foi o que me foi levando a desmotivar – e não é que fossem bens perecíveis, mas passam de moda e, bem, tenho uma caixa cheia de monos :p Ter objectivos é mesmo essencial!

  • Reply
    Sofia Garrido
    25/07/2017 at 12:46 PM

    Gostei muito deste teu artigo, Catarina!
    Também cometi alguns desses erros no início, e não podia concordar mais! Ter um Plano de Negócio, no qual incluímos as nossas metas, entre as inúmeras coisas que este deve conter, é fulcral, assim como ir fazendo pontos de situação!

    Um beijinho,

    Sofia | http://www.monochromaticwave.com

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