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Páginas Salteadas: o início de um jantar num típico bairro de Nápoles

Sabiam que a segunda-feira de Páginas Salteadas é a minha favorita do mês? Sempre que chega a hora de publicar a minha receita do mês, faço-o com uma vontade imensa de partilhar e de vos falar não só da receita, mas também do livro que deu origem à mesma! Saibam tudo sobre a receita de Outubro e sobre o livro deste mês que a inspirou.

Este mês fui mais discreta no Instagram e nem partilhei a capa do livro que estávamos a ler, não de propósito, mas calhou assim e agora está a dar-me mais “pica” falar sobre ele.

A Amiga Genial, de Elena Ferrante

Já há meses que andava com imensa vontade de ler este livro, portanto quando a Andreia o sugeriu para a nossa rubrica, fiquei entusiasmada e fui logo mandar vir a minha cópia em segunda-mão do OLX (adoro comprar livros em segunda mão, já vos disse?).

Em termos de críticas, claro que eu já tinha andado à procura delas na internet e as opiniões divergiam: algumas pessoas adoravam, outras detestavam.

“A Amiga Genial” é o primeiro de uma saga composta também pelos volumes História do Novo Nome, História de Quem Vai e de Quem Fica e História da Menina Perdida. Há quem diga que esta saga está destinada a tornar-se um clássico da literatura europeia do século XXI.

Em Amiga Genial, acompanhamos a história de duas amigas, narrada por uma menina chamada Helena, ou Lenù, e do seu universo: os medos da infância, o início da sua relação de amizade algo complexa, os estudos, a vida familiar e o bairro onde ambas vivem nos arredores de Nápoles, algures no tempo após a Segunda Guerra Mundial.

Este livro acompanha a relação e o crescimento de Lenù, a narradora, e da melhor amiga, Lila, desde que se conhecem na primeira classe até aos tempos de adolescência, em que começam a despontar os primeiros amores e, também, dramas.

Para vos contextualizar: O pai de Elena trabalha como porteiro na câmara municipal, o de Lila Cerullo é sapateiro.

Lila é intrépida, audaz, rebelde e corajosa nas palavras e nas acções, mas é também incrivelmente inteligente e desafia Elena a tornar-se melhor na escola. Mais tarde, na adolescência, Lila, que sempre fora franzina e feia, torna-se bela e fascina todos os rapazes do bairro, despontando a inveja, mas também admiração, na amiga Elena, que continua a procurar nela a sua inspiração a vários níveis.

A relação e interacção entre as duas e delas com as pessoas e situações à sua volta é bastante complexa, como disse mais acima, mas também bastante realista e não se choquem se evocar memórias da vossa própria adolescência à medida que vão lendo.

Sobre a autora, Elena Ferrante

Ninguém sabe quem é Elena Ferrante e os seus editores originais procuram manter silêncio absoluto sobre a sua identidade. Houve até quem suspeitasse que se trata de um homem; outros dizem que nasceu em Nápoles e viveu na Grécia e em Turim.

“Não me arrependo de meu anonimato. Descobrir a personalidade do escritor através das histórias que propõe, das suas personagens, dos objetos e paisagens que descreve, do tom da sua escrita, não é mais nem menos que um bom modo de ler.”

– Elena Ferrante numa entrevista via mail para Il Corriere della Sera.

fonte: Wook

 

A receita: Gressinos envoltos em presunto com molho de queijo

Para esta receita pensei nas clássicas receitas italianas e até pesquisei por receitas típicas de Nápoles, mas nenhuma fez clique comigo como esta fez. Eu explico: no dia em que decidi fazer esta receita (ok, foi ontem, confesso), tinha amigos em casa a ver o jogo Benfica-Porto, pelo que me fez todo o sentido magicar algo que desse para todos partilharmos como aperitivo/snack. Ao mesmo tempo queria algo pouco esperado na cozinha italiana, mas também ultra-simples para não perder muito tempo na cozinha e poder estar a socializar com os meus amigos. Então, surgiu a ideia perfeita para este contexto: gressinos (toda a gente gosta) enrolados em presunto (prosciutto, para lhe dar um ar mais italiano) acompanhados por um molho de queijo derretido. Yummm!

Ingredientes:

  • Gressinos (comprei no Pingo Doce, da variedade de azeitonas);
  • Presunto (mole, para dar para enrolar)
  • Queijo (pode ser um queijo duro, como o Gruyére, mas também podem optar por queijo ralado para fundir)
  • Manteiga (25 gr.)
  • Leite (200 ml)
  • Sal e pimenta a gosto

Preparação:

  1. Numa panela pequena, derretam a manteiga, adicionem a farinha e mexam. Adicionem o leite lentamente e mexam.
  2. Adicionem o queijo e continuem a cozinhar todos os ingredientes em fogo baixo. Adicionem sal e pimenta a gosto (no meu caso, sal, piri-piri e pimenta cayene!)
  3. Enrolem o presunto ao redor dos gressinos e coloquem-nos num prato grande.
  4. Despejem o molho de queijo nos recipientes que desejarem, desde que dêem jeito para mergulhar os vossos gressini!

E pronto, aí têm as vossas entradas italianas prontas para partilharem com os amigos!

A relação da receita com o livro

Como ainda não li os próximos volumes da saga, queria que esta receita fosse algo que pudesse ser partilhado entre as duas amigas da história. Imaginei-as, adultas, numa noite tranquila, em casa de uma delas, a falar sobre tudo e sobre nada, como as amigas fazem, independentemente das voltas que a vida possa dar.

Espero que tenham gostado de mais esta receita do projecto Páginas Salteadas. 🙂

Nas próximas três segundas-feiras vamos poder espreitar as receitas das maravilhosas e criativas:

Joana Clara, Às Cavalitas do Vento

Vânia Duarte, Lolly Taste

Andreia Moita, Andreia Moita Blog

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1 Comment

  • Reply
    Uma escuridão bonita e uma delícia angolana - Joan of July
    06/08/2019 at 10:30 PM

    […] Mais uma vez, a minha ajudante não resistiu e quis entrar novamente no Páginas Salteadas. Já vem sendo hábito, não é verdade? Vê-a nesta receita de cocktail, nesta receita espanhola e nesta receita italiana. […]

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