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Criatividade e Bom Senso: um desabafo

Ao longo dos anos, não têm sido poucas as vezes que tenho escrito sobre Criatividade aqui no blog. Para mim, a Criatividade não é tão importante como respirar; é uma forma de respirar.

Considero-me uma pessoa bastante criativa, mas não me acho especial por isso. Sou daquelas que acredita que todos temos potencial criativo, mas nem todos fomos (ou somos) incentivados a explorá-lo e isso dá-me pena.

Neste momento, estou a experienciar algo que só posso descrever como excesso de fontes criativas. Imaginem um tanque de água ou um grande aquário (estilo Oceanário), que tem pequenos buraquinhos que começam a deixar sair água, colocando a estrutura de vidro em risco de “explodir”. Claro que isto só funciona assim em desenhos animados, mas fiquem comigo nesta analogia.

É assim que me sinto, criativamente falando. Tenho várias coisas onde estou a aplicar a minha criatividade, mas sinto-me prestes a explodir porque, sei lá, parece que não estou a conseguir escoá-la como quero.

E sim, tenho plena noção de quem isto pode fazer zero sentido a quem lê. E sim, também tenho plena noção de que é um “problema primeiro-mundista”. Óbvio que sim. 

Talvez me sinta meio perdida nisto tudo por algum sentimento de culpa e por sentir preocupações externas neste clima de guerra e incerteza. Culpa por ter estas consumições quando tanta gente sofre por coisas “a sério”, que também me preocupam, claro, mas que não vivo tão de perto. Daqui, estou a fazer os possíveis para ajudar, mas é sempre pouco.

Para além disso, perdemos um dos nossos gatinhos cá de casa. Era já muito velhinho, mas é sempre tão, mas tão triste. E eu vi tudo e estive lá com ele. Tive que chamar uma associação para o recolher, tratar de tudo e pagar como se fosse um negócio (que é, mas pronto…). Foi difícil e apercebi-me que, pelo meio dos nossos dias super ocupados com trabalho e mil reuniões, mal temos tempo para fazer o luto e, nos raros momentos de calma, a tristeza e o choro ocasional tendem a aparecer. Isto só pode ser porque não me estou a permitir sentir, ou melhor (pior, na verdade), só me estou a permitir sentir fora da hora de expediente. 

Há quatro anos, perdi a minha Zelda e escrevi muito aqui no blog sobre como fazer o luto após a perda de um animal de estimação que é, na realidade, um membro da família.

É engraçado que, nos dias que correm, costumo recorrer ao meu journal para falar livremente sobre estes temas mais tristes, mas hoje senti o ímpeto de o fazer aqui no blog. Talvez por sentir falta de desabafos reais, que a falsidade das redes sociais veio abafar.

Agora em notas mais positivas, que também as há.

A primeira edição dos meus kits Blume esgotou no mês passado! Vendi tudo (vá, ofereci três), mas senti que foi uma meta cumprida. Fez-me sentir bem e que algo que eu criei tem o poder de fazer outras pessoas sentir-se bem. Neste momento, já estou a vender os kits da segunda edição, que traz duas novidades:

Para além deste primeiro baralho, estou também a desenvolver outros dois. Ainda não vou revelar temas, mas estou super entusiasmada com o que estou a criar e sinto mesmo que este meu projeto tem imenso potencial, especialmente no que diz respeito a alimentar o meu bichinho criativo.

Outra novidade positiva desta semana é que comecei a trabalhar com dois clientes em regime de freelancer. É algo que já faço há alguns anos, sempre tive os meus side-jobs, mas estou numa nova fase e estou muito entusiasmada. Como acontece com todos os novos desafios, estou, no entanto, a sentir-me intimidada com a quantidade de coisas que tenho “em cima da mesa”, mas por outro lado isto traz-me uma certa adrenalina que, de uma forma ou de outra, dou por mim a procurar para o meu dia-a-dia.

Coisas que vou fazer e que costumo fazer para controlar a sensação de estar sobrecarregada:

  • Passeios na Natureza (funcionam sempre para mim; não há nada que me traga mais paz e bem-estar)
  • Novas leituras → estou a ler um livro de poesia, mas estou a sentir que preciso de uma leitura de não-ficção particularmente inspiradora. Sugestões?
  • Arranjar o meu jardim → retirar ervas-daninhas que se espalharam por todo o lado durante o Inverno, limpá-lo, comprar novas plantas
  • Sessões de psicologia online (possivelmente) → a empresa para a qual trabalho oferece estas sessões e, honestamente, nunca fiz nenhum tipo de terapia continuada. Não se perde nada, certo?
  • Journaling → a prática que mais me tranquiliza (a seguir aos passeios pela Natureza). Só tem benefícios!
  • Continuar a criar → não concebo parar, especialmente quando estou a ter tantas ideias para o meu Blume Creativity!

No meio do caos que – por vezes – crio para mim mesma, tenho que aprender a instaurar momentos de desaceleração e de descanso mental. A chave de tudo na vida é o equilíbrio, ou não fosse Balança o meu ascendente.

O meu novo moto é, portanto, este: Criatividade e Bom Senso.

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